No infográfico, veja como fazer a doação de seu corpo:
Clique aqui para conhecer os programas de doações de corpos no RS e no país
Baixe aqui um modelo de Termo de Intenção de Doação
Embora o Ministério da Saúde recomente o uso de um cadáver para cada 10 alunos de anatomia, a orientação raramente é cumprida pelas universidades brasileiras, devido à falta de corpos. O motivo é que a maioria das instituições de ensino ainda depende dos corpos "não reclamados" - de pessoas não identificadas ou que parentes não se manifestaram após a morte.
O problema é que, com a facilidade de identificação e de comunicação, a existência desses cadáveres vem diminuindo com o passar dos anos, conforme o presidente da Sociedade Brasileira de Anatomia (SBA), Richard Halti Cabral. Com isso, as universidades têm encontrado cada vez mais dificuldade em conseguir corpos para estudo, carência que pode ser solucionada com a doação.
Leia mais notícias da série:
Neto entra na Justiça para doar corpo de avó para universidade
80% dos alunos afirmam que estudo com cadáveres facilita aprendizagem
Funcionário de laboratório de anatomia doará corpo ao local
- Estamos focados em incentivar e ampliar os programas de doação de corpos das universidades brasileiras, assim como existem em instituições da Europa e dos Estados Unidos - explica Cabral.
Embora muitas universidades aceitem doações de corpos, atualmente apenas 12 têm programas específicos para fomentar o ato no país, conforme a SBA. O único gaúcho é o da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), coordenado pela professora Andréa Oxley da Rocha.
Universidades buscam doações de corpos
Universidade deve lançar campanha para incentivar doação de cadáveres
- O programa inclui ações de divulgação da doação de corpos. Não queremos convencer ninguém, mas mostrar que a possibilidade existe e como proceder caso tenha essa vontade. No final do ano, também realizamos uma missa em que os alunos homenageiam os doadores de corpos, com a presença das famílias deles - relata a professora.
Em 2008, quando o programa foi criado, 10 pessoas registraram o desejo de doar seu corpo à universidade. Cinco anos depois, em 2013, o número de doadores registrados passou de 60, seis vezes mais. Atualmente, o programa conta com cerca de 400 cadastros.
Leia mais notícias sobre educação
Confira as últimas notícias de Zero Hora