A dica é se organizar na hora de ir às compras do material escolar de 2015. O educador financeiro Edward Claudio Jr, do Instituto Dsop (São Paulo), diz que vale reutilizar artigos do ano passado, reunir famílias para compras coletivas atrás de descontos e trocar livros didáticos entre vizinhos, desde que continuem válidos.
Representando as livrarias, a Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV) recomenda comprar ainda em janeiro, para aproveitar os estoques. Quando os lojistas repuserem as mercadorias, deverão pagar mais, porque os produtos à base de papel são cotados em dólar. Quem deixar para a última hora, corre o risco de pagar 15% a mais do que em 2014, segundo a AGV. O percentual resulta da inflação anual do setor, mais as altas do dólar.
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1) Antes de ir às compras, verifique o que sobrou do ano passado e ainda pode ser usado. Converse com o seu filho. Não é necessário ter tudo novinho a cada início de ano. Economizando, sobra dinheiro para outras coisas. E reutilizar artigos poupa os recursos da natureza.
2) Procure os colegas de aula e os vizinhos de condomínio. Às vezes, é possível trocar ou comprar livros didáticos já usados uns dos outros. Antes, confira se é o exemplar que foi recomendado pela escola.
3) O melhor seria ter comprado o material no final do ano passado, quando as escolas liberaram a lista do que será preciso em 2015. Se isso não ocorreu, compre o quanto antes, se possível até o final de janeiro, para aproveitar o estoque atual.
4) É importante não deixar as compras para a última hora, porque os estoques podem acabar. Os comerciantes, então, terão de repor as mercadorias pagando mais por elas. Boa parte dos artigos - especialmente os de papel, como caderno, livros e folhas - está atrelada ao dólar, que vem subindo nos últimos meses.
5) Junte pais e mães para fazer compras coletivas. É uma questão de escala. Lojas costumam dar descontos quando vendem grandes quantidades.
6) A velha sugestão de pesquisar preços é sempre atual. Há diferenças entre as lojas, algumas de até 100%.
7) Tente pagar à vista. Se estiver apertado, compre a prazo mas de maneira que não afete o orçamento. Evite cair no cheque especial ou no parcelamento rotativo do cartão de crédito, cujos juros giram entre 10% e 12% ao mês.
8) Livros didáticos, via de regra, chegam às lojas na segunda quinzena de janeiro. Se ainda não estão disponíveis, pode-se reservá-los para aproveitar o preço.
9) Não caia na tentação de comprar o que não for usar. Uma das estratégias é se abastecer só para o primeiro semestre. Algumas escolas acabam não realizando todas as atividades previstas no currículo do ano, o que provoca sobra de material.
10) Lembre-se que, a partir de 28 de fevereiro, os produtos escolares devem vir com o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).
Fontes: Edward Claudio Jr, educador financeiro do Instituto Dsop (São Paulo), Vilson Noer, presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), e Fernando Becker, professor de Psicologia da Educação na UFRGS.
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10 dicas para economizar na hora de comprar o material escolar
Educadores financeiros recomendam economizar no momento da compra e reutilizar os artigos que sobraram do ano passado
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