A nova função é um reflexo dos tempos modernos. Da vida corrida e do pouco tempo para entender e refletir sobre o que se passa ao redor, surgiu o trabalho do coach de vida, um profissional que ajuda o cliente a descobrir o que lhe faz feliz e se suas atitudes estão contribuindo ou não para o atingimento das metas.
Esse é o trabalho do gaúcho Gabriel Carneiro Costa, graduado em Relações Públicas (PUC-RS), com formação em Personal & Professional Coach pela Sociedade Brasileira de Coaching, autor de vários estudos sobre relações humanas e estudioso de Psicologia Positiva, Neurolinguistica, Análise Transacional e Coaching Parental, em Lisboa (Portugal).
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Donna - Em que consiste o trabalho de um coach de vida?
Gabriel Carneiro Costa - O coach é um questionador e uma espécie de engenheiro da mudança. Não existe processo de coaching sem meta, plano de ação e mudança. O trabalho não é definir o que é uma vida feliz, mas estar constantemente atento se o cliente está agindo de forma a se aproximar do seu próprio conceito de uma vida mais feliz. Life coaching (coaching de vida) é um projeto com o objetivo de transformar, através da ação, a sua própria vida em um lugar mais satisfatório. O projeto de coaching é composto por encontros semanais no meu escritório, onde juntos definimos as metas e o plano de ação para que o cliente busque algo que torne sua vida melhor.
Donna - Que tipo de pessoa procura você?
Gabriel - Já tive a oportunidade de trabalhar com diversos perfis de pessoas. Por se tratar de um trabalho focado na satisfação pessoal, o processo costuma girar nos dilemas contemporâneos, como equilíbrio entre carreira e qualidade de vida, realização profissional, satisfação no casamento, família e filhos, liberdade e autonomia. Todos nós temos dúvidas e medos diante de certos cenários e opções, mas o que nos diferencia é a capacidade de agirmos diante daquilo que queremos. E neste aspecto admiro a capacidade das mulheres, que conseguem entender a lógica sistêmica da existência. É mais fácil para o universo feminino compreender que cada área de vida influencia a satisfação das demais. O homem costuma focar exclusivamente na carreira e no dinheiro. Quando entra em crises emocionais, o preço a pagar costuma ser maior. Hoje, a maioria dos meus clientes (não todos) estão na faixa entre 30 e 50 anos, com algum grau de sucesso em suas carreiras, mas dispostos a repensar ou revisar certos planos de vida em busca de uma satisfação mais plena.
Donna - De que forma você ajuda essas pessoas?
Gabriel - Acredito que a procura pelo processo de coaching anda crescendo e está em total sinergia com os tempos modernos. Afinal, trata-se de um projeto de curto prazo, que necessita resultados rápidos. É um processo um pouco mais raso no que se refere ao autoconhecimento, porém de alto impacto no que se refere a agir em prol de uma meta definida. A autoajuda clássica, dos anos 1990, está perdendo espaço. O conceito de "5 dicas para ser feliz" é hoje altamente questionado. Particularmente, não acredito que alguém possa dizer como o outro deve viver para ser mais feliz. A ajuda de hoje é aquela que precisa, primeiramente, entender o que o outro deseja, e lhe ajudar dentro da sua própria crença a respeito dos resultados desejados. É uma espécie de sair do "você quer, você pode", para uma pensamento que repito frequentemente: "Uma vida feliz dá trabalho. Não é fácil, mas é possível". Quem você ainda quer ser quando crescer?". Meu trabalho não é motivacional, mas justamente por ser questionador, torna-se inspiracional.
Donna - O que você pensa sobre felicidade?
Gabriel - Felicidade não é ponto de chegada, mas uma eterna caminhada. Não acredito em fórmulas de felicidade, acredito que seja possível sermos cada vez mais felizes e satisfeitos com a nossa própria vida. Ser feliz é simples, mas não quer dizer que seja fácil. Nós complicamos demais a nossa jornada. Muitas pessoas me procuram para tornar sua vida mais feliz - e quando eu pergunto qual o seu conceito de uma vida feliz, não sabem responder. Estamos vivendo em um modo automático, dentro de um conceito social do que seja uma vida feliz. Enquanto for assim, não será simples viver em felicidade. É preciso, antes de mais nada, que cada um possa definir o que é para si uma vida que faça sentido e estar disposto a perdas e ganhos. Muita gente quer o destino, mas poucos querem percorrer o caminho. Uma vida feliz não é viver 24 horas sorrindo, não é ausência de problemas, mas saber lidar com eles. Na minha opinião, uma vida feliz é quando, no fim da semana, eu passo a régua e as minhas ações e meus resultados fizeram sentido, me fizeram bem e me empurraram para frente.
Donna - Como é o processo de coaching e quanto custa este trabalho para quem o busca?
Gabriel - O processo de coaching costuma durar, em média 15 encontros. Atualmente não trabalho com número fechado de encontros, pois entendo que a velocidade de mudança não seja minha e sim do cliente. Os valores variam. No Rio Grande do Sul, a sessão está entre R$ 150 e R$ 600. Depende muito da formação e dos resultados que o profissional de coaching tem em sua trajetória.
Donna - Por que você escolheu essa profissão?
Gabriel - Acredito que podemos ter uma vida melhor. A mudança não é fácil, mas é possível. Com meu trabalho, posso contribuir com momentos de reflexão na vida das pessoas e ajudar para que possam fazer da própria vida um lugar melhor. Meu trabalho não é definir felicidade, mas ajudar as pessoas a encontrarem suas respostas. E, sobretudo, agirem em prol delas.
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1. Reserve um tempo na agenda para você. Não se prive de 30 minutos para pensar e refletir sobre qualquer coisa.
2. Anote. Além de ajudar a memória, as anotações transformam-se em listas de tarefas e lembretes.
3. Reflita sobre quem você quer se tornar. Descubra o que você quer mudar no seu jeito e nas suas atitudes.
4. Comunique as pessoas que farão parte de sua lista. É preciso que as parcerias saibam o papel delas.
5. Revise sua lista periodicamente, isso evita que você esqueça seus objetivos.
Gabriel Carneiro Costa é autor de "O Encantador de Pessoas". Confira outros títulos que abordam o conceito de coaching.
O Jogo Interior de Tênis, de W. Timothy Gallwey. Explorar o ilimitado potencial do corpo humano é o objetivo do jogo interior. Nesta obra, ele é explorado através do jogo de tênis, mas a filosofia que segue serve não apenas aos que praticam outros esportes como a todos os que competem nos vários jogos da vida.
O Monge e o Executivo - Uma História Sobre a Essência da Liderança, de James C. Hunter. Um famoso empresário que abandonou sua brilhante carreira para se tornar monge em um mosteiro beneditino ensina de forma clara e agradável os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes.
Metas - Como Conquistar Tudo o que Você Deseja Mais Rápido do que Jamais Imaginou, de Brian Tracy. Uma obra que se propõe a ajudar a romper com as dúvidas, a falta de atitude e as contradições que impedem as pessoas de estar sempre a um passo adiante dos demais.
As 1000 Perguntas Mais Importantes que Você Deveria Fazer a Si Mesmo, de Alyssa Thomas. A obra busca mostrar como alguns sentimentos e atitudes (como autossabotagem, estresse, ansiedade, depressão) se desenvolvem e o que fazer para aplacá-los e dar a grande virada.
Desperte seu Gigante Interior, de Anthony Robbins. Revela como funciona nosso sistema de tomada de decisões e de que forma podemos usá-lo para obter o que desejamos.
Atitudes que Geram Conquistas, de Marcos Nascimento. O integrante da Sociedade Brasileira de Coaching ensina como tomar as atitudes corretas para alcançar o sucesso na vida.
A Lei do Triunfo para o Século 21, de Jamil Albuquerque. O autor afirma que triunfo e poder só se manifestam quando as pessoas possuem um objetivo bem definido.
