Falhar na cama não é uma situação fácil para a maioria dos homens, por isso, a maioria não busca auxílio médico quando se depara com o problema. Em alguns casos, a disfunção erétil pode representar apenas um fato isolado, mas é preciso estar atento. As falhas de ereção podem sinalizar a presença de doenças graves, principalmente cardiovasculares.
De acordo com o médico urologista Eurico Jacques Dornelles Neto, do Serviço de Urologia do Hospital São Lucas da PUCRS, existem duas grandes causas da impotência sexual masculina: as psicogênicas e as orgânicas. Nesta segunda, as falhas podem estar relacionadas a problemas vasculares, neurológicos ou endócrinos.
- Algumas pessoas pensam que a disfunção erétil é sempre um problema pontual, mas pode estar escondendo uma doença grave como a arteriosclerose - alerta o urologista.
Segundo ele, a doença deixa as artérias de todo o corpo mais espessas ou endurecidas, afetando também o fluxo de sangue necessário para uma ereção. Além disso, a obesidade, a hipertensão, o sedentarismo e o tabagismo podem influir negativamente no desempenho sexual.
Nestes casos, o tratamento da disfunção é feito de forma multidisciplinar, para corrigir hábitos de vida e controlar as doenças que estão causando o problema.
Em contrapartida, uma disfunção erétil pode ser reflexo de um problema psicológico e, na maioria da vezes, casual. O estado emocional do homem no momento da transa é decisivo para a ocorrência da ereção. Diferente das causas orgânicas, que aparecem com mais frequência depois dos 40 anos, as psicogênicas atingem qualquer idade.
- Às vezes, o paciente é jovem e saudável e sofre um episódio de falha. Por medo e insegurança, isso pode desencadear outras falhas - explica Neto.
Estresse, depressão e angústia também são inimigos do desempenho na cama. Além disso, quando há falta de sintonia com a parceira ou quando esta provoca algum tipo de pressão psicológica sobre o homem, podem ocorrer falhas de ereção.
Principais causas:
Psicogênicas:
Quando o motivo da falha é de cunho psicológico.
:: Agravantes: estresse, depressão, angústia, baixa autoestima, pressão da parceira.
:: Tratamento: trabalho multidiciplinar, com psicólogos e urologistas
:: Ocorrência: pode afetar qualquer faixa etária em um dia específico ou mais de uma vez
Dicas:
:: Busque ajuda profissionais em casos de depressão e baixa autoestima
:: Evite estresses no trabalho e em casa
:: Converse com a parceira
Orgânicas:
Quando o motivo da falha é um problema físico, que pode ser vascular, neurológico ou endócrino.
:: Agravantes: obesidade, hipertensão, sedentarismo e tabagismo.
:: Tratamento: trabalho multidisciplinar (urologistas, cardiologistas, endocrinologistas).
:: Ocorrência: principalmente após os 40 anos.
Dicas:
:: Mantenha hábitos de vida saudáveis
:: Evite o cigarro
:: Mantenha uma alimentação saudável
:: Controle seu peso
:: Pratique exercícios
E o Viagra?
Segundo o urologista, os medicamentos para disfunção erétil estão mais baratos depois da queda da patente do Viagra, mas ainda precisam de orientação médica. Existe contra-indicação para o uso.
Esses medicamentos são facilitadores da ereção, portanto, não tratam o problema, apenas auxiliam na hora da transa. Neto afirma que o medicamento foi um dos mais estudados desde que foi criado, portanto é seguro e pode ser usado com frequência, sempre com recomendação médica.
Notícia
Impotência sexual pode ser indicadora de doenças graves
Conheças as principais causas da disfunção erétil e seus tratamentos
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