Tinha já lido algum ensaio e um começo de romance de Ricardo Piglia quando de fato o conheci: comprei meio no escuro um livro de nome Nombre falso, porque ali se dizia, não lembro se na orelha ou na quarta capa, que se tratava da edição de um inédito de Roberto Arlt, escritor argentino do começo do século 20, que eu conhecia de ler seu Juguete rabioso e, com mais emoção ainda, seu Los siete locos. Um inédito desse maluco, contemporâneo e de certa forma rival de Borges, filho de imigrantes que havia crescido em subúrbio de Buenos Aires e que havia desenvolvido sua leitura numa das promissoras bibliotecas de bairro, um inédito dele deveria valer a pena.
Luto na literatura
Luís Augusto Fischer: "um Piglia energético"
Colunista presta homenagem a escritor argentino que morreu nesta sexta-feira
Luís Augusto Fischer