Ideal para quem precisa de um carro de sete lugares com conforto, espaço, tecnologia e conectividade, o Commander é perfeito para o uso familiar. A versatilidade mostrada pelo Limited na pista do Circuito dos Cristais, em Curvelo (MG), foi repetida nas ruas e rodovias gaúchas. Rodamos 700 quilômetros com a versão Limited flex e o Jeep, com seu porte avantajado, impôs respeito na cidade. Na estrada, o conjunto propulsor com motor turbo flex e câmbio automático atendeu o comportamento de um utilitário esportivo para o uso familiar. O Jeep Commander Turbo Flex AT6 Limited tem preço sugerido de R$ 199.990.
Desenvolvido para ser referência no mercado brasileiro, o Commander repete as qualidades do irmão Compass com a vantagem de maior espaço, conforto e sofisticação. São 4,769 metros de comprimento, 37 centímetros a mais em relação ao irmão menor. A largura cresceu quatro centímetros para 1,859 m e a distância entre eixos de 2,794 m aumentou 16 centímetros.
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O interior modulável permite optar entre passageiros e bagagem chamou a atenção da jornalista Priscila Nunes. A segunda fila tem deslocamento longitudinal de até 14 centímetros. O porta-malas leva de 233 litros, com sete lugares, 661 com a terceira fila de bancos rebatida e 1.760 litros apenas com condutor e acompanhante.
Porte avantajado
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Os detalhes visuais externos e internos e mecânicos personalizam o utilitário esportivo, mas como Priscila Nunes lembrou, qualquer semelhança com o Compass não é mera coincidência. O Commander aproveitou o que o modelo de cinco lugares tem de melhor como o conforto, o acabamento e o comportamento dinâmico.
O visual do Commander remete à tradicional identidade da marca norte-americana: as sete fendas.
Os faróis full LED, a assinatura com luzes diurnas (DRL) e auxiliares de neblina também em LED são integrados à grade.
As caixas de rodas trapezoidais e as rodas de 18 polegadas destacam as laterais. Na traseira, as lanternas são separadas por uma barra.
Interior premium
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A combinação de materiais macios como couro e suede e detalhes na cor cobre, cromados e em preto brilhante agradou a jornalista. O painel e as laterais das portas também com revestimento em couro e suede completam o acabamento premium. Priscila elogiou os bancos em couro com costuras aparentes e bordado no encosto e nos assentos. Os ajustes elétricos do banco do condutor facilitaram encontrar posição adequada para rodar principalmente na estrada por longos períodos.
Acesso por aproximação, partida por botão e volante multifuncional, o quadro digital de instrumentos de 10,25 polegadas personalizável, de fácil visualização, forneceu diversas informações do veículo e percurso.
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A multimídia com tela de 10,1” sensível ao toque e comando por voz, como sempre, foi exaustivamente testada por Priscila. A navegação integrada alertou a proximidade dos controladores de velocidade, os conhecidos pardais. Mostrou também as imagens da câmera de ré, importante nas manobras de estacionamento. A conexão com Android Auto, Apple CarPlay e aplicativos foi sem fio e a recarga dos celulares por indução.
O ar-condicionado digital de duas zonas tem dutos para os assentos traseiros que também contam com portas USB. A jornalista também testou a plataforma Adventure Intelligence de assistência e entretenimento com mapas, chamadas de emergência e conexão wi-fi para até oito aparelhos no wi-fi nativo.
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Os acessos aos amplos bancos da segunda fileira foram facilitados pela a abertura de quase 90 graus das portas traseiras. A terceira fila foi a alegria das crianças, como o meu sobrinho Bernardo que até esqueceu o tempo de viagem. Para completar, a tampa do porta-malas tem acionamento elétrico pela chave e botão no console do teto.
Na pista, ruas e estradas
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A impressão que o Commander deixou no Circuito dos Cristais foi próxima da que ficou nas ruas e estradas. Claro, considerando o fluxo de trânsito, sinaleiras e irregularidades do pavimento, inexistes na pista de corrida. Apesar das dimensões e do peso maiores, o desempenho do utilitário esportivo com o motor 1.3 turbo flex foi próximo ao do Compass.
No trânsito urbano, as retomadas velocidade acompanharam a pressão no acelerador com respostas nos limites do motor e dos mais de 1.700 quilos do Commander. Priscila acostumou logo com o Jeep e destacou a vantagem do porte, a posição elevada de dirigir e a boa visibilidade.
Concordei com a jornalista sobre a importância da ajuda visual do alerta do ponto cego, importante para a segurança, mas prejudicada no trânsito movimentado pela insistência do sinal sonoro. O que também terminou ocorrendo com o sensor de aproximação.
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Na estrada, os 180 cv e o torque de 27,5 kgfm (com gasolina) atenderam as necessidades do utilitário esportivo com comportamento familiar. O câmbio automático de seis velocidades distribuiu bem a potência e força nas rodas dianteiras. O Gilberto, como gosta mais de desempenho, acionou diversas vezes o modo Sport, que melhorou as respostas do motor, deu mais ânimo ao utilitário e aumentou o consumo de combustível.
A boa suspensão independente nas quatro rodas, tipo MacPherson na frente e multilink atrás, garantiu o conforto sem comprometer a estabilidade. Nas ruas, absorveu as irregulares do pavimento, lombadas e quebra-molas com reduzido nível de ruído interno.
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Na estrada, na autoestrada Porto Alegre/Osório, na BR/101 e na Estrada do Mar, o utilitário familiar rodou como um confortável carro de passeio. Nas curvas mais rápidas, o balanço da carroceria foi reduzido. A direção elétrica garantiu o pleno domínio do Commander. Como na pista do autódromo, em situações de risco, os recursos eletrônicos de condução semi autônoma entraram em ação.
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O consumo de combustível dependeu do transito, modo de condução e peso transportado. Pelos dados do Inmetro, o Commander faz 9,8 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada, sempre com gasolina. Nossas médias ficaram de 8,3 km/l a 10,2 km/l na cidades e, na estrada, em velocidade constante, de 11,5 km/l a 16,2 km/l (a 80 km/h), e de 11,2 km/l a 15,1 km/l (a 110 km/h).
CONCLUSÃO
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O comportamento do Commander é de um típico utilitário esportivo familiar e aproveitou o que Compass tem de melhor. Os sete lugares, embora nem sempre usados, fizeram a diferença. Bem completa, a versão Limited flex, traz avançada tecnologia de auxilio à condução. Como Priscila definiu, o Commander é ideal para famílias grandes que precisam de espaço.