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Enquanto o brasileiro Darlan Romani lamentava seu quarto lugar no arremesso do peso, um norte-americano extremamente simpático e competente fazia a festa no Estádio Nacional de Tóquio. Ryan Crouser, nascido no Estado do Oregon, que já é recordista mundial, fez coleção de recordes olímpicos durante a competição e ganhou o ouro com sobra.
Durante a competição, cheio de estilo com uma faixa na cabeça e óculos escuros, fazia a festa a cada arremesso. Consagrado com mais uma vitória, ele colocou a bandeira dos Estados Unidos sobre os ombros e um chapéu de cowboy para comemorar.
Mesmo sem torcedores, ele arrancou aplausos animados de quem estava no estádio e viu um dos mais carismáticos atletas dos Jogos de Tóquio.
Eles apareceram
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Ainda que em número muito menor do que em Olimpíadas anteriores, os colecionadores de pins deram as caras em Tóquio.
Com a impossibilidade da presença de turistas, os japoneses adeptos deste hábito já se posicionam em frente a pontos estratégicos de grande circulação de jornalistas e membros de delegações. Na frente do Estádio Olímpico, o pai, Khameama, ou simplesmente Khame, e o filho Nute abordavam quem passava com as tradicionais perguntas: "Do you have pins? Change pins?".
Eles são admiradores do Brasil e do futebol brasileiro. O garoto vestia uma camiseta do São Paulo, e o pai contou que esteve no Rio de Janeiro na Copa de 2014 e que conseguiu muitos pequenos broches, os quais mostrou com orgulho.
Água com banana
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Nas salas de imprensa dos ginásios e estádios da Olimpíada, normalmente há bares para a alimentação dos jornalistas com bebidas e lanches. Alguns chegam a oferecer pratos quentes em horários de almoço.
Em outras praças, porém, como na Ariake Arena (vôlei) e no gigantesco Estádio Olímpico, não há lanchonetes, mas água mineral e bananas são oferecidas gratuitamente. Menos mal que o estoque é grande para as pessoas resistirem a uma jornada por vezes extremamente longa e cansativa.
Cubano lusitano
Portugal vibrou no Estádio Olímpico nesta quinta-feira (5). Pedro Pichardo conquistou a medalha de ouro no salto triplo. Os portugueses não subiam ao topo do pódio desde 2008, quando Nélson Évora, na mesma prova, foi campeão em Pequim.
Pichardo, porém, não é nascido no país europeu. Ele é cubano, já foi medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos e deixou suma terra natal para competir sob outra bandeira por achar que faltava estrutura para sua carreira.
Mesmo que os portugueses delirem com a façanha do cubano naturalizado como se fosse patrício, ele é bem claro ao justificar por que adotou a cidadania lusitana:
— Quem decidiu foi meu pai. Ele analisou propostas de vários países, e achamos a de Portugal a melhor. Sou grato aos portugueses e ofereço a medalha ao povo deste país que me acolheu.
Avisos desnecessários
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Tudo estava pronto para a Olimpíada ter público. Nos locais de competição, há instalações para torcedores, facilidades e até orientações. No Estádio Olímpico, painéis eletrônicos indicam como se deve torcer. Nas figuras está a proibição de instrumentos como vuvuzelas ou cornetas, a impossibilidade de abraços e o veto à troca de objetos entre as pessoas.
Medalha de Ouro — Estádio Olímpico de Tóquio — Entre tantas instalações de altíssima qualidade desta Olimpíada, nenhuma se compara em imponência, conforto, beleza e praticidade com ele. É um grande pecado não tê-lo visto lotado nos Jogos.
Medalha de Lata — Leal — Jogador cubano entrou na seleção brasileira de vôlei masculino para ser uma diferença no ataque. Não foi e fez crescer a saudade de Lipe, campeão olímpico de 2016, que casualmente está jogando no Japão.