O desempenho modesto do Grêmio nos últimos jogos teve um sopro de qualidade contra o Juventude. Pareceu mágica, mas quando Jean Pyerre entrou, o time mudou. Thaciano, que entrara antes e nada de mais estava fazendo, apareceu na frente e marcou o gol da vitória, e isto desencadeou uma série de novos lances ofensivos, a maioria deles com toque de qualidade do único meia de articulação do elenco.
Jean não é apenas o único em sua função: ele é um grande jogador e tem a capacidade de transformar uma equipe que precisa ser reinventada.
Não se ignora que o temperamento de Jean Pyerre em campo, por vezes, deixa o time com um jogador a menos. Para isto, Renato Portaluppi vem tendo conversas frequentes com o atleta. A última delas, segundo o técnico, durou uma hora. O comandante sabe que o meia é sua melhor, talvez única, arma para recriar um modo de jogo qualificado no setor de meio-campo, independentemente da possibilidade de uma nova contratação.
O presidente Romildo Bolzan Júnior encheu a boca na entrevista pós-jogo em Caxias do Sul para dizer que "o Grêmio tem articulador", ao se referir a Jean Pyerre. Esta é uma verdade do dirigente, mas que precisa ser referendada pela continuidade do jogador em campo.
Muitas foram as incidências e fatalidades que o atrapalharam no último ano. Se isto for zerado a partir de agora, se as conversas de Renato seguirem fazendo efeito, e se o atleta estiver totalmente focado em transformar o time, ele pode conseguir. Só ele. Nenhum outro jogador do atual elenco.