
Numa mesma entrevista coletiva, o diretor-executivo de futebol do Inter, Rodrigo Caetano, anunciou as prorrogações de contrato de Thiago Galhardo e Edenilson. Para o torcedor, o pronunciamento do dirigente soou como boa e afinada música.
Na mesma ocasião, foi confirmado oficialmente que o jovem Cesinha, destaque da Copa São Paulo, não permanecerá no clube porque não foi pago o que era pedido pela sua equipe de origem, o Três Passos. Isto, porém, não bateu tão bem no ouvido da torcida.
Garantir Galhardo e Edenilson pelos próximos anos é uma forma de o Inter ter segurança de que o artilheiro do Brasileirão e o principal jogador do meio-campo seguirão no clube, e o mesmo estará mais protegido contra eventuais assédios do Exterior, como aconteceu com o volante recentemente. Ainda que estejam na faixa dos 30 anos, o contrato alongado é mais do que justificado.
No caso do jovem Cesinha, há muitas dúvidas sobre a razão pela qual não houve o investimento na casa do milhão de reais para tê-lo em definitivo. Rodrigo Caetano preferiu não revelar detalhes, mas ficou no ar que a negociação era difícil.
O dirigente mostrou desconforto ao falar do tema, talvez sabendo que haveria contestação e cobranças por parte da torcida. É difícil explicar a perda de um atleta com 19 anos, visto como um dos mais promissores do grupo que voltou campeão da mais importante competição de categorias de base no Brasil.
Também não foi indicado por Rodrigo que tenha havido desavenças com o garoto, que teria se negado a voltar para a equipe sub-20 após ser avaliado como ainda imaturo para fazer parte do elenco principal. O futuro de Cesinha em outros clubes é que dirá se houve acerto ou não na decisão colorada. O certo, e que não precisou ser dito, é que aconteceu um desacerto nesta história.