
Está cada vez mais difícil prever a retomada do futebol no Rio Grande do Sul. O que venha a ser realizado estará distante daquilo que se quer. Será o que der. Talvez o Gauchão 2020 nem venha a ser concluído. A retomada se mostra complicada, bem como criar soluções para a Libertadores ou para um início futuro do Brasileirão. No Estado, os encontros entre o governador Eduardo Leite e o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Luciano Hocsman, deixam isso claro.
Há uma providência, porém, que já pode ser tomada, independentemente do que venha a ser decidido sobre a competição atual: é momento de se oficializar no Gauchão que ninguém neste ano cairá para a segunda divisão.
Ainda que o campeonato prossiga e chegue a um final, o que seria o melhor para todos, a aferição da classificação geral terá sofrido interferência técnica muito forte da parada pela pandemia do coronavírus. Mesmo quem, por princípio, é contrário a imunidades com rebaixamentos há de reconhecer a excepcionalidade.
Ter 14 clubes no ano que vem não configura o maior problema para a FGF, mesmo porque não temos a mínima ideia de como será organizada a próxima temporada. Hipoteticamente havendo igual número de datas de 2020, bastará eliminar os jogos semifinais dos turnos classificatórios e estará solucionada a questão. No mais, nada mudaria em relação à atual fórmula.
A maior diferença é que haveria a necessidade do rebaixamento de quatro equipes para 2022, sem haver necessidade de mudar algo na Divisão de Acesso, cujo reinício dos jogos está previsto para agosto.