Tem sido comum, nos últimos anos, a dupla Gre-Nal dividir as atenções do Campeonato Brasileiro com outras competições. Não são raras as discussões sobre a utilização de times alternativos no Brasileirão em função do paralelismo com a Libertadores e a Copa do Brasil.
Por mais que estas disputas sejam mais interessantes, pela hierarquia ou pela premiação, um anseio povoa os corações de colorados e gremistas. Todos, em algum momento, sentem saudades de um título nacional. Os colorados amargam 40 longos anos de jejum, enquanto os gremistas estão indo para 23 temporadas de saudade.
Quem lembra do Inter invicto de 1979 vai ter um ponto em comum com o Grêmio multicampeão de Felipão em 1996. Trata-se de um craque com nome e sobrenome. Os últimos times da dupla Gre-Nal que ganharam títulos brasileiros tiveram Mauro Galvão como zagueiro.
Com a camisa colorada, ele levantou a taça como melhor jogador em sua posição no Brasileirão. Galvão tinha apenas 18 anos recém completados no dia da final contra o Vasco. Estava começando ali uma carreira de muitas outras conquistas e que, 17 anos depois, já beirando os 36 de idade, o colocaria em campo na decisão entre Grêmio e Portuguesa que deu o título ao Tricolor. Mauro Galvão, após os 36 anos, ainda conquistou os Brasileirões de 1997 e 2000 pelo Vasco da Gama.
Lembrar de Mauro Galvão na dupla Gre-Nal é acalentar o sonho da retomada de uma hegemonia gaúcha na maior competição interclubes do Brasil. Os grandes do Rio Grande do Sul não sabem o que é ganhar o Brasileirão na era dos pontos corridos, ficando atrás de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A frase já ficou surrada, mas "chega de disputar vaga na Libertadores" .