Tomara que Brasília não esteja interferindo nas minhas considerações em torno do futebol. Tanto se fala em indícios que estou pensando que contra Cuesta, até agora, só existem indícios de que ele tenha cometido injúria racial contra Elton, do Ceará.
Prova definitiva ainda não foi encontrada, mas é preciso esperar pelos 30 dias que a polícia gastará fazendo investigações. Os indícios que pesam contra Cuesta são: a reação imediata e indignada de Elton e argentinos estão habituados a chamar brasileiros de macacos. Pergunta: com estes indícios é razoável condenar alguém? Penso que não.
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Prova
Elton poderá se socorrer de testemunhos de jogadores do Ceará, mas sempre haverá a reserva natural de que é preciso suspeitar de depoimentos de companheiros do mesmo time. Uma prova que poderá ser definitiva para a versão de Elton seria a palavra do árbitro. Ele poderia ter ouvido o que disse Cuesta ou poderia testemunhar que ouviu de Elton a queixa de que fora injuriado racialmente.
O árbitro seria uma testemunha imparcial. E poderia servir ao propósito de Elton, mas também à defesa de Cuesta. Uma boa investigação poderá clarear este tema. Mas, se houve a ofensa de Cuesta, que seja penalizado com o castigo mais pesado. É inadmissível que tais fatos ainda persistam no futebol brasileiro.