Os cinemas de shopping estão com uma baita promoção desta quinta-feira (6) até quarta (12): os ingressos custam R$ 10 em qualquer sessão, inclusive no fim de semana. É a sexta edição da Semana do Cinema, idealizada pela Federação Nacional das Empresas Exibidoras Cinematográficas (FENEEC), com apoio da Associação Brasileira das Empresas Exibidoras Cinematográficas Operadoras de Multiplex (Abraplex) e do Ingresso.com.
Dá para ver três filmes pelo preço de um e curtir a experiência imersiva e comunitária de uma sala de cinema.
Estão em cartaz pelo menos 10 filmes que considero imperdíveis (clique nos links para saber o porquê).
Um deles é uma estreia: Acompanhante Perfeita, de Drew Hancock. Recomendo que você assista sem saber absolutamente nada sobre a trama estrelada por Sophie Thatcher (vista recentemente em Herege) e Jack Quaid (o Hughie da série The Boys). Evite principalmente o trailer. Mas se quiser saber um pouco, pode ler minha coluna, que nãao tem spoilers.
Outros sete concorrem ao Oscar 2025, que conhecerá seus vencedores em 2 de março.
Emilia Pérez, por exemplo, é o campeão de indicações (são 13) — e também o campeão de polêmicas. A cada dia, surge um novo motivo para o ódio ao musical dirigido pelo francês Jacques Audiard. Acho imperdível menos por suas qualidades (que existem, a começar pela atuação de Zoe Saldaña) e mais para que o espectador veja com seus próprios olhos os motivos de tantas críticas negativas.
Conclave, de Edward Berger, concorre em oito categorias do Oscar, incluindo melhor filme, ator (Ralph Fiennes) e atriz coadjuvante (Isabella Rossellini). O diretor alemão transforma a eleição do novo Papa em um thriller de conspiração, cheio de intrigas, difamações e reviravoltas.
Anora disputa seis prêmios: melhor filme, direção (Sean Baker), atriz (Mikey Madison), ator coadjuvante (Yura Borisov), roteiro original e edição. O cineasta dá um choque de realidade no conto da fadas protagonizado por uma prostituta de Nova York que conhece um jovem milionário russo.
Indicado ao Oscar nas categorias de melhor filme, atriz (Fernanda Torres) e longa internacional, Ainda Estou Aqui pode aumentar bastante sua bilheteria, que já soma mais de 4 milhões de espectadores. O título assinado por Walter Salles completa nesta quinta-feira três meses de exibição.
Há dois concorrentes ao Oscar de melhor roteiro original: A Verdadeira Dor, de Jesse Eisenberg, que também compete com Kieran Culkin na categoria de ator coadjuvante e que confronta dores modernas, como ansiedade e depressão, com os traumas do Holocausto, e Setembro 5, de Tim Fehlbaum, que reconstitui a primeira cobertura ao vivo de um ataque terrorista, o da Olimpíada de Munique, em 1972.
Nosferatu só briga pelos chamados prêmios técnicos (fotografia, design de produção, figurinos e maquiagem e cabelos), mas também merece atenção por causa de sua história: pelas mãos de Robert Eggers, um clássico do Expressionismo Alemão lançado em 1922 tornou-se um filme sobre um tema muito contemporâneo, o dos relacionamentos tóxicos.
Fechando a lista, recomendo um programa para a família: Mufasa: O Rei Leão, de Barry Jenkins, que na verdade é bem mais político do que se pode imaginar.
E dou outra dica só para adultos: Babygirl, de Halina Reijn, em que a CEO de uma empresa de tecnologia (Nicole Kidman) vive fantasias sexuais de submissão ao se envolver com um jovem estagiário (Harris Dickinson).
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