Parece que foi ontem a primeira vez que participei do Galpão Crioulo. Era 1993, e eu vinha cheia de expectativa do Alegrete, acompanhada da minha mãe e de muitos anos como telespectadora. Cantei Vitória-Régia junto a Wilson Paim e essa história já contamos no programa desde que comecei a apresentá-lo, ao lado do Neto Fagundes. Confesso que até hoje as pessoas se surpreendem que seja minha a voz infantil da “flor da vitória-régia que enfeita a noite dos rios”.
Neste mês de abril, comemoramos 37 anos de Galpão Crioulo, espaço da cultura e da arte regional na televisão. Há sete, estou ao lado do Neto e tenho certeza de que esse é um ganho na participação da mulher na tradição. Apesar de, desde o primeiro programa a presença feminina ser constante, e a frase de Antonio Augusto Fagundes, que se tornou um marco da saudação nos domingos de manhã, sempre ter incluído os gaúchos e as gaúchas de todas as querências, ter uma mulher apresentadora é também entender o feminino como parte desse espaço de forma definitiva.
Muito aconteceu desde o primeiro programa. Foram vários cenários e cidades visitadas, shows que emocionam o público que nos recebe em suas casas, diversas trilhas, como Baile de Candeeiro e mais de três mil artistas que já passaram por esse palco que, além de buscar a identificação de todos nós gaúchos, ajudou a construir a história de muitos artistas e o mercado autossustentável da música regional do sul.
No dia 28 de abril faremos um programa comemorativo, com a participação de Luiz Marenco, Os Serranos, Aninha Pires, Adriana Sperandir e o 35 CTG, além de um Cozinha de Galpão especial com um assado do El Topador.
O novo formato, que completa um ano agora em abril também, traz diferentes manifestações artísticas para retratar a identidade do nosso povo e sua diversidade: literatura, artes plásticas, fotografia, gastronomia, turismo e aproximação com o rural por meio do agronegócio e o Campo e Lavoura, é sem dúvida, o destaque. E, a partir desse dia também, um programa maior, com 1h15min de duração.
Seguidamente, recebemos um comentário em redes sociais dizendo: “Que saudade do Tio Nico”. E é verdade. Todos temos e, por isso mesmo, não há como comemorar nenhum aniversário do programa sem dedicar a ele essa festa. Mas é preciso continuar essa história e para isso, estamos aqui, não é mesmo Neto?!
Licença
E é neste programa de aniversário que darei um até logo para me dedicar exclusivamente ao Francisco que chega logo, logo. Na TV, no rádio e aqui na coluna de GaúchaZH também. Mas em breve estou de volta! Um beijo e até!