
Na primeira visita ao Rio Grande do Sul depois da posse, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, deixou boas notícias para os usuários do SUS. Padilha concordou com o plano do Grupo Hospitalar Conceição de realizar cirurgias à noite e aos sábados, para reduzir a fila nos quatro hospitais da rede (Conceição, Criança Conceição, Cristo Redentor e Fêmina).
Dentro de 40 a 60 dias, o GHC criará o terceiro turno, das 19h à 1h, e transformará o sábado em dia útil para realização de cirurgias.
— Não podemos ficar com as salas ociosas com tanta gente na fila — justifica o diretor-presidente do GHC, Gilberto Barichello.
Padilha acompanhou o início da operação do serviço de radiologia, que atenderá cerca de 700 pacientes por ano e se comprometeu em repassar recursos para a compra de mais um acelerador nuclear até o final do ano. No mutirão de sábado, foram realizadas 88 cirurgias e 251 exames de diagnóstico.
Barichello apresentou ao ministro os planos de expansão do GHC, o hospital público que mais atende pacientes no Rio Grande do Sul. Uma das prioridades é agilizar ainda mais o início do tratamento das mulheres com diagnóstico de câncer. Com a implantação do programa Mais Acesso a Especialistas, o tempo já diminuiu.
Em 2022, o tempo médio entre a suspeita e o diagnóstico era de 71,8 dias nos casos de câncer em geral. Hoje, são 17 dias. Nos casos de câncer de mama o tempo caiu de 28,1 dias para 18,02. De colo de útero baixou de 72 dias para 22. De próstata, de de 48,9 dias para 17,5 dias. Nos casos de neoplasia no gástrica, caiu de 65,3 dias para 13,2 dias.
Confirmado o diagnóstico por biópsia, a quimioterapia começa em dois dias, a radioterapia de 14 a 30 dias e a cirurgia demora em média 42 dias.