Incomodado com a polarização e o nível dos debates da Câmara Municipal, o vereador João Bosco Vaz (PDT) anunciou que não disputará a reeleição em outubro. Primeiro suplente na última eleição, Bosco assumiu cadeira no Legislativo municipal após a morte do vereador Mauro Zacher, em junho de 2022.
À coluna, Bosco ressalta que o pedido da família para não concorrer também pesou na decisão.
— A Câmara se transformou num debate nacional. Todos os dias é Bolsonaro de um lado, Lula do outro. Moção de repúdio, moção de apoio. Eu fui vereador com Jair Soares, Ibsen Pinheiro, João Dib, Vieira da Cunha, João Verle e tinha briga ideológica, mas tinha debate. Quem transita pelo centro, como eu, não tem espaço — analisa o vereador.
Jornalista, Bosco iniciou a trajetória na Câmara na década de 1990, como suplente do PDT. Depois, emendou cinco mandatos consecutivos como titular. Foi secretário de Esportes e secretário extraordinário da Copa 2014, na gestão de José Fortunati.
Disposto a abandonar as disputas eleitorais, Bosco pretende seguir ativo na militância. O vereador conta que recebeu convites de diferentes partidos, mas não cogita deixar o PDT por ora.