Apresentado pelo governo do Estado com pedido para votação em regime de urgência, o projeto que prevê a correção anual dos salários dos servidores públicos estaduais em 6% só deve ser apreciado no início de maio. Com isso, o salário de abril, a ser quitado no próximo dia 29, virá no mesmo valor de março. No dia 3 de maio, o projeto começa a trancar a pauta de votações.
Os 6% são divididos em dois blocos: 1% retroativo a 1º de janeiro, para garantir que o menor salário pago a um professor não fique abaixo do piso nacional, e o restante a contar de 1º de abril. A Secretaria da Fazenda precisa de tempo para rodar a folha. Dependendo da data em que for aprovado, o reajuste será incluído no contracheque de maio ou pago em folha suplementar.
Dificilmente o índice de 6% será elevado para 10,06% como querem alguns deputados da base. É que o governador Ranolfo Vieira Júnior foi convencido de que diante da incerteza em relação à alíquota de ICMS da energia elétrica e ao comportamento da economia, qualquer índice superior aos 6% poderia comprometer o pagamento em dia dos salários.
Logo que assumiu o cargo, Ranolfo se reuniu com representantes da área de segurança pública e apresentou a proposta de revisão anual dos salários. Aos representantes das categorias reiterou o compromisso com a responsabilidade fiscal e lembrou que, desde 2019, realizou 105 encontros com os servidores da segurança, na condição de secretário.
— Diálogo nunca faltou e não faltará — prometeu.