Prestes a renunciar ao mandato para concorrer a presidente da República, o governador Eduardo Leite vai reunir na próxima semana o Conselho de Estado (chefes dos poderes e órgãos com autonomia financeira e administrativa) para discutir o reajuste geral dos servidores públicos. O projeto deve ser encaminhado à Assembleia até o final do mês, mas o índice ainda não está definido. A tendência é ficar em 5,53%, que foi a correção do salário mínimo regional em 2021, mas a pressão dos servidores é por mais, porque só no ano passado a inflação oficial passou de 10%.
— O percentual não foi deliberado, mas é provável que se conclua até a semana que vem. A intenção é reunir o Conselho de Estado, uma vez que a revisão geral afeta a todos os servidores — diz o chefe da Casa Civil, Artur Lemos.
Por se tratar de revisão geral, os professores ativos e inativos devem receber o mesmo índice sobre o subsídio, sem incidência nas parcelas autônomas separadas no contracheque com a mudança no plano de carreira. Com essa correção, ficará resolvido o impasse do piso do magistério, que ficou levemente abaixo do mínimo nacional.
Com exceção dos professores, que tiveram de 5,53% a 32% a partir de 1º de janeiro, por força da existência do piso nacional, os demais não tiveram reposição salarial no governo Leite. Seu antecessor, José Ivo Sartori, também não corrigiu os salários. Apenas pagou aos servidores da área de segurança os reajustes aprovados na gestão de Tarso Genro para pagamento parcelado em 2015, 2016 e 2017.
Apesar de a defasagem passar de 50% para algumas categorias, não há hipótese de recuperação das perdas acumuladas, sob pena de o sucessor não ter como manter os salários em dia. Na Federasul, quarta-feira (16), Leite apelou aos empresários para que “não deixem o próximo governador adotar medidas populistas que comprometam o ajuste obtido com as reformas administrativa e previdenciária”.
Nos Estados Unidos, Leite disse que seu sucessor deveria colocar entre as prioridades a realização de uma segunda reforma administrativa, desta vez com foco na eficiência e não no corte de gastos. Isso significa reestruturar carreiras para facilitar a mobilidade entre uma secretaria e outra e adequar os cargos à responsabilidade do servidor. O diretor-geral de uma secretaria como a da educação, por exemplo, ganha pouco mais de R$ 4 mil.
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