Previsto para sexta-feira (25), o anúncio do governador Eduardo Leite sobre seu futuro político deverá ser uma decepção para os que apostaram na sua candidatura a presidente da República pelo PSD. Embora as conversas com líderes políticos ainda estejam em andamento, o mais provável é que Leite renuncie ao mandato de governador, para não ficar impedido de concorrer, e se coloque à disposição do PSDB para ser candidato ao Planalto se o governador de São Paulo, João Doria, desistir.
Desde que recebeu a carta com dos principais líderes do PSDB no Brasil pedindo que fique, as chances de Leite migrar para o PSD foram diminuindo. A carta é um dos motivos, mas não o único.
Leite não teria sentido firmeza por parte do presidente do PSD, Gilberto Kassab, quando a conversa entrou no território do financiamento da campanha e da necessidade de recursos volumosos para tornar o pré-candidato conhecido em todo o Brasil. A fama de “partido de aluguel” do PSD faz com que amigos aconselhem o governador a não entrar no barco de Kassab.
A se confirmar a permanência no PSDB, Leite dirá que não vê problema em ficar mais quatro anos sem mandato, caso o Doria resolva levar até o fim a candidatura. Sempre que foi questionado sobre essa possibilidade nos últimos meses ele respondeu que não sente necessidade de um mandato para fazer política.
O presidente nacional do MDB, Baleia Rossi, chegou a sugerir que Leite se lançasse candidato ao Senado, para justificar a renúncia, mas ele respondeu que não. Disse que fará tudo de forma transparente e que não vê sentido em assumir uma candidatura de mentirinha.
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