O jornalista Paulo Egídio colabora com a colunista Rosane de Oliveira, titular deste espaço
Crítico da atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), o senador gaúcho Lasier Martins (Podemos) recebeu nesta terça-feira (6) o advogado-geral da União, André Mendonça, escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para uma vaga na Suprema Corte. O gabinete de Lasier foi um dos primeiros a ser visitado por Mendonça depois que vazou a informação sobre a escolha de Bolsonaro.
Na conversa, Mendonça sinalizou apoio a propostas apresentadas pelo senador, como a limitação de mandato para os ministros do STF. O projeto de Lasier prevê um mandato de 10 anos e Mendonça indicou ser favorável a um período de 12 anos. Também causou boa impressão no senador o apoio de Mendonça ao retorno da regra que prevê a prisão após condenação em segunda instância.
O senador gaúcho, que votou contra as indicações de Edson Fachin, Alexandre de Moraes e Kassio Nunes Marques, disse que ainda não decidiu se aprovará a indicação de André Mendonça e que vai aguardar a sabatina, prevista para agosto.
— Eu acreditava menos nele, mas ainda não estou satisfeito — resumiu Lasier.
Para que seja confirmado no Supremo na vaga de Marco Aurélio Mello, o indicado de Bolsonaro precisa de ao menos 41 votos entre os 81 senadores.
Antes de se despedir, Mendonça reafirmou ao gaúcho que, caso se torne ministro, vai votar de acordo com o que prega hoje:
— Ele me disse: "Se eu contrariar o que estou lhe dizendo, pode ir lá no meu gabinete e me cobrar" — relatou Lasier.
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