O presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Veras Mota, e o secretário estadual da Fazenda, Luiz Antônio Bins, aceitaram o convite do presidente da Comissão de Finanças da Assembleia, deputado Luís Augusto Lara (PTB), e confirmaram presença em audiência pública programada para o dia 24 de maio, às 10h.
Veras Mota e Bins esclarecerão dúvidas relacionadas às vendas de ações nos dias 9 e 27 de abril deste ano. Eles responderão perguntas sobre a falta de anúncio da operação e o preço dos papéis. Outro item a ser apurado está ligado ao possível vazamento seletivo da intenção da venda.
Na semana passada, a autarquia responsável por fiscalizar o mercado de capitais no Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), abriu processo para apurar as operações de venda de ações do Banrisul detidas pelo governo gaúcho. Na primeira negociação, o Piratini se desfez de 26 milhões de papéis preferenciais, que renderam R$ R$ 484,9 milhões brutos. Na segunda, 2,9 milhões de ações ordinárias (BRSR3), por R$ 52,5 milhões. Os recursos foram usados para compromissos de curto prazo, como salários.
A situação é questionada principalmente pelo Sindicato dos Bancários de Porto Alegre (SindBancários), que alega falta de transparência na negociação. Não foi publicado fato relevante pelo banco, avisando sobre a operação. Na primeira negociação, a corretora BTG Pactual, responsável pela venda, agendou um dia antes o leilão por meio de um edital em espaço do site da B3, a bolsa de valores de São Paulo, destinado a informações sobre operações do gênero. Na segunda venda, no dia 27, não houve qualquer comunicado formal.