Projeto demandado desde que as águas da enchente de maio de 2024 começaram a baixar, o governo do Estado deu a largada nesta quarta-feira (29) ao Programa de Desassoreamento do Rio Grande do Sul (Desassorear RS). Uma retroescavadeira no distrito de Faria Lemos, em Bento Gonçalves, inaugurou o serviço, removendo com a pá a primeira carga de lama, rochas e restos de madeira. Serão cerca de R$ 300 milhões investidos com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
Na Serra, o governador Eduardo Leite anunciou as 154 cidades gaúchas que tiveram projetos contemplados no Desassorear RS, mas sem detalhar os pontos onde serão removidos sedimentos. O Piratini havia publicado um edital para que os municípios cadastrassem pontos para limpeza de rios, arroios, canais de drenagem e sistemas pluviais.
— A reconstrução do Rio Grande é um esforço coletivo. Por isso, criamos esse programa para atuar em parceria com os municípios nesse trabalho essencial de prevenção, para garantir melhor vazão dos cursos d'água e diminuir as chances de alagamentos — destacou Leite.
Serão 40 frentes de trabalho simultâneas para realizar as obras previstas. Além disso, o programa é composto por dois eixos de atuação: o eixo 1 será desenvolvido pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedur), com foco em recursos hídricos menores, como riachos, arroios e canais de drenagem. Já o eixo 2 será realizado em uma etapa futura pela Secretaria do Meio Ambiente em rios de médio e grande porte.
Além do investimento no desassoreamento, o governador destacou os R$ 700 milhões disponibilizados, também via Funrigs, para a dragagem de canais de navegação e hidrovias, em locais sob responsabilidade da Portos RS.