Trazido para fazer rupturas no futebol do Inter, o técnico Alexander Medina se queixa de que não recebeu peças necessárias para colocá-las em prática. O que ele não consegue explicar é que tem um grupo para jogar a Série A e não obtém bom desempenho.
Seu único momento positivo no Beira-Rio se deu no Gre-Nal da fase classificatória, quando o Inter foi muito superior, mesmo que tenha vencido por escore mínimo. O primeiro grave erro foi encontrar dificuldades contra times pequenos no Gauchão, perder e empatar muitos jogos, e não conseguir ser superior a times que, normalmente, são imensamente inferiores.
Teve derrota para o Ypiranga, empate contra Novo Hamburgo e Brasil-Pel, no Beira Rio, e empate contra o rebaixado Guarani-Ba. O outro erro grave foi produzir um time que fez somente 13 gols em 13 jogos, jogando somente Gauchão e um jogo da Copa do Brasil.
Depois, conseguiu comandar o Inter num dos maiores vexames de sua história: foi eliminado pelo Globo-RN na Copa do Brasil. O clube perdeu muito dinheiro e ganhou muita insegurança com seu treinador.
Por fim, a goleada do último Gre-Nal. Quando se imaginava alguma evolução, veio este fato. Medina precisa fazer um grande jogo neste clássico da Arena, ou embarcará numa van, com seus cinco auxiliares, voltando para Montevidéu, pela BR-116 Sul, quase toda duplicada.
E, muito provavelmente, estará no próximo domingo saboreando uma bela parrilla no Mercado Del Puerto, uma verdadeira aula uruguaia de gastronomia.