Não acompanhei o trabalho de Cacique Medina no Talleres, da Argentina. Quem acompanhou, mentiu para mim. Me foi dito que a equipe dele jogava agressivamente, que era um técnico propositivo, que o time tinha velocidade. Mentirosos.
O Inter é lento. Para sair jogando, leva meia hora entre zagueiros e meio-campistas. Vai a campo com dois volantes iguais e quando um deles machuca, coloca outro volante com as mesmas características. Foi assim com Jhonny e Dourado no fracasso contra o Globo-RN, na eliminação da Copa do Brasil.
Quem faz isso não apresenta um futebol propositivo. Os rapazes que definiram o futebol do time de Medina daquela forma deveriam se explicar, porque mentiram também para o presidente Alessandro Barcellos. Ele comprou gato por lebre.
Vítima única
Sobrou somente para Paulo Bracks. Só ele perdeu seu cargo. O que todos esperavam depois de mais de seis horas de reunião era uma revolução. O treinador e seus auxiliares continuam. Os colorados esperam que ele pare de fazer queixas de falta de jogadores, que faça o time render mais e consiga melhorar o aproveitamento, traduzindo as atuações em vitórias.
Papaléo também está preservado. O resumo de tudo é que mudou não mudando. Todos os responsáveis pelo futebol colorado foram preservados. E já tem jogo neste domingo contra o Aimoré.
Em condições normais, seria uma situação cômoda para os colorados. Mas um time que perde, escapando de levar goleada, para o Globo, não merece ser chamado de favorito. No meio da semana tem mais. Será o Gre-Nal. Menos mal para o Inter é que o Grêmio também está longe de um bom rendimento. Está vindo aí o Gre-Nal mais fraco da história, pela precariedade constrangedora dos dois time. Que Deus nos abençoe.