O Flamengo vem completo. Renato tem todos os seus craques à disposição. Isso implica na necessidade de o Grêmio ter um esquema de marcação forte, que impeça seus avanços, seus toques e lançamentos.
Cabe ao Grêmio não deixar o Flamengo fazer seu jogo, cortar espaços, dificultar movimentações. Para isso, Felipão tem um trio de volantes que, neste jogo, ganha muita importância. Thiago Santos volta, Lucas Silva foi o melhor jogador em campo no último jogo e Villasanti está mais acostumado com seus companheiros.
Não se trata só de marcar. É verdade que Alisson pode, também, ajudar nas tarefas de marcação, mas ele e Douglas Costa podem começar jogadas ofensivas, tendo em Borja a possibilidade de definição contra o Flamengo.
Uma retranca o tempo todo não se sustenta. O Grêmio tem certeza que marcará muito o Flamengo, mas tem que ter saídas para o ataque. Os cariocas precisam passar por processos de preocupação dentro do jogo. Acho que o time de Renato terá muita dificuldade para imprimir seu padrão de jogo, por todo esse aparato de marcação que dispõe o time do Tricolor. Isto tudo, claro, na teoria, na hora do jogo poderemos ter outra realidade. Para o bem e para o mal.
Maior encontro possível
Que pena que não teremos público no jogo desta quarta-feira (25). Lá, ao lado do campo, estarão dois personagens muito importantes na história do Grêmio. Luiz Felipe Scolari, o Felipão, mais velho e com passagem marcante pelo clube, conquistando muitos títulos. Do outro lado, no banco do Flamengo, Renato Portaluppi, o homem mais importante da história do Grêmio.
Imagino os dois se abraçando antes de começar o jogo, trocando palavras de respeito mútuo, e imaginando o tamanho do aplauso que teríamos se a Arena estivesse lotada. Mas, mesmo com arquibancadas vazias, teremos um encontro histórico, numa competição importante e com muitos títulos, com a participação dos dois profissionais que cansaram de dar alegria para os agradecidos torcedores do Grêmio. O maior encontro possível.