Quando pensamos nos projetos inclusivos que a América Latina teve nos últimos anos, conclui que o futuro sorri à nossa frente. Só que... buenas, um número total de 32 milhões de latino-americanos entre 15 e 29 anos, 1 em cada 5 portanto, não estuda nem trabalha, pelo menos em empregos formais.
Os dados são do relatório Perspectivas Econômicas da América Latina, da OCDE, uma grande referência para entender nossa região. O documento foi divulgado na 25ª Cúpula Ibero-americana em Cartagena (Colômbia).
Mais: 64% dos jovens latino-americanos vivem em lares pobres e vulneráveis.
Esses números são um terrível indicativo dentro de um contexto que todos conhecemos: depois de aumentar a classe média, de muita gente deixar a pobreza, a crise econômica pôr um freio nesse avanço.
Esses jovens no ostracismo comprometem mais o futuro do que o passado.
Trecho inquietante do estudo: "Os jovens procedentes de lares pobres e vulneráveis abandonam a escola antes que seus pares de lares acomodados e, quando trabalham, geralmente é em empregos informais. Com 15 anos, quase 70% dos jovens de famílias pobres estão estudando, enquanto que com a idade de 29, três de cada 10 nem estuda, nem trabalha. Outros quatro trabalham no setor informal, apenas dois trabalham no setor formal e um é estudante trabalhador ou estudante”. Mais: "Apesar do progresso notável na educação durante a última década, menos de um terço dos jovens latino-americanos com idade entre 25 e 29 anos recebeu alguma educação em faculdades, universidades e institutos técnicos de nível superior. Um terço dos jovens (43 milhões) não completou o ensino secundário e não está sendo escolarizado".
Pois é.
Isso se reflete, também, na segurança pública.