Para quem acompanha as contas públicas não houve surpresa, mas o déficit primário de R$ 230,5 bilhões em 2023 evidenciou a dificuldade que será entregar as contas públicas sem rombo neste ano, como está previsto no novo arcabouço fiscal. Apesar de o resultado muito negativo embutir pendências deixadas pelo governo anterior, o tamanho do esforço para tapar o buraco será imenso, o que acentuará o debate sobre a possiblidade de uma mudança da meta de déficit zero. Guilherme Tinoco, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), já classificou o superávit de 2022 como "irreal", exatamente por não incluir contas que deveriam ter sido pagas nesse exercício. Mas também é cético sobre o aceno do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre "corte de gastos".
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"Vai ser difícil alcançar a meta só com arrecadação", diz economista
Guilherme Tinoco, pesquisador associado do Ibre-FGV, avalia que superávit de 2022 foi "irreal" e é cético sobre aceno de corte de gastos de Haddad
Marta Sfredo
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