Economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida conhece tanto as manhas do mercado quanto os meandros do governo. De seu ponto de vista privilegiado, vislumbra até a hipótese de que o Banco Central acelere os cortes no juro básico em 2024, dada a queda da inflação, afirmou nesta entrevista exclusiva à coluna dada pouco depois de chegar a Porto Alegre para o 25º Seminário Econômico Família Previdência. Desde que, frisa, o governo demonstre compromisso fiscal. Mas ao comentar que a inflação de 2023 só não ficou acima de 5,8% porque o governo cortou não só impostos federais, mas também estaduais, engrossou o coro dos economistas que veem a reforma tributária como uma espécie de "desculpa" para os aumentos da alíquota básica de ICMS nos Estados. Mansueto diz que existe, inclusive, uma solução fácil para isso: é só trocar a base de cálculo para a divisão para os quatro últimos anos, em vez de nos próximos quatros. E, quando a coluna quis saber se seria fácil assim, foi supersincero:
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Análise
Reforma tributária não é a culpada pelo aumento de ICMS, afirma ex-secretário do Tesouro
Mansueto Almeida diz que é fácil corrigir regra que foi usada como argumento para elevar alíquota, mas que governadores querem mesmo é recompor perdas
Marta Sfredo
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