Com o objetivo de criar uma rota segura de abastecimento para carros elétricos, em 2021 dois engenheiros gaúchos se uniram para criar a Save. Eduardo Grapiglia, um dos fundadores, que adiantou uma meta ousada para o negócio: atender a toda a América Latina.
— Em 2022, submeti um projeto de incubação ao Centro de Empreendimentos em Informática (CEI) da UFRGS e, desde abril passado, estamos desenvolvendo. Iniciamos pela Serra, em municípios como Gramado, São Francisco de Paula, Canela, Bento Gonçalves e Caxias do Sul — afirma Grapiglia que gerencia o negócio ao lado de César Franck.
Além do potencial turístico da região, o início foi na Serra porque estabelecimentos comerciais, como hotéis, receberam bem o projeto. A Save importa equipamentos e o sistema dos carregadores. A meta atual é concluir o desenvolvimento do software próprio. Para isso, a Save tem apoio do CEI.
— Hoje, o cliente baixa nosso aplicativo e consegue identificar os pontos de carregamento. Até o final do ano, a gente deve lançar uma versão mais completa — detalha.
O empreendedor relata que, além da escassez de pontos de abastecimento de veículos elétricos nas cidades e rodovias, há dificuldade de localizar pontos de modo confiável. Por isso, a empresa usa o termo rota segura:
— Queremos que o usuário se sinta seguro para pegar seu carro e viajar, sem pensar que pode ficar no meio do caminho. Fiz uma viagem para Florianópolis e enfrentei dificuldades com abastecimento, pois as informações nos aplicativos estavam desatualizadas e um dos postos não estava em condições de uso. São problemas como esses que queremos solucionar.
Além disso, Grapiglia pontua que a experiência dos motoristas se complica com a quantidade de aplicativos necessários durante a viagem, já que cada empresa que oferece esse serviço usa um sistema diferente.
— A malha de carregadores não é só da Save. Por isso, uma das brigas que temos no mercado é para desenvolver um aplicativo em parceria com outras empresas para que os usuários vejam em um só lugar todos os pontos de abastecimento disponíveis no Estado. Em geral, a ideia tem boa receptividade. Todo mundo ganha ao tornar o acesso mais fácil.
Por fim, o empreendedor reforça que a empresa deseja sim expandir o negócio para a América Latina, mas quer dar um passo de cada vez. Além do Estado, a empresa atende aos mercado de Santa Catarina e São Paulo.
* Colaborou Camila Silva