Projeções de abertura de vagas temporárias no fim de ano costumam apontar leituras semelhantes, com pequenas diferenças de números. Neste ano de transição, as divergências se aprofundaram.
Consultados pela coluna, representantes de entidades gaúchas sublinham efeitos da recessão sobre as vagas no comércio, mas divergem em relação à intensidade da queda na criação de postos. E há quem espere leve alta na comparação com 2015.
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Presidente da Associação Gaúcha para o Desenvolvimento do Varejo (AGV), Vilson Noer, estima no máximo 5 mil empregos temporários abertos até dezembro no Estado – retração de mais de 50% ante os 11 mil do ano passado.
– É reflexo do cenário econômico. As empresas estão se ajustando, mas o ano é muito difícil – pondera.
Presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse evita prever um número, mas estima retração de 9% em relação a 2015. Alcides Debus, presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-PoA), também projeta queda, sem indicar dados.
– Muitas empresas deslocam funcionários do administrativo para o atendimento, e acabam não contratando – detalha.
Voz destoante, o diretor-presidente da FGTAS, responsável pelas agências do Sine estadual, Gilberto Baldasso, projeta leve alta na comparação com o fim de 2015, apesar de relatar que a situação do comércio gaúcho "preocupa".
– Será uma pequena melhora. A tendência é de recuperação lenta – pontua.
Presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL-RS), Vitor Koch prefere não traçar estimativas.