Em diversos momentos, durante a entrevista coletiva do vice de futebol Dênis Abrahão nesta segunda-feira (13), foi mencionado o aproveitamento de Vagner Mancini no Grêmio. Ora pelo dirigente para argumentar sobre a evolução do time na reta final do Brasileirão, ora pelos jornalistas para contestar ou, pelo menos, colocar em dúvida tal afirmação.
O Grêmio de Mancini durou 55 dias, do anúncio do treinador até a queda para a Série B. Nos 14 jogos disputados, mais de um terço da competição, o time somou 47,6% de aproveitamento, com seis vitórias e seis derrotas, além de dois empates.
Na comparação com os demais técnicos que comandaram o Grêmio no Brasileirão, realmente Vagner Mancini foi aquele com o aproveitamento mais alto, algo que passa a sensação de que, se houvesse mais rodadas, ele conseguiria livrar o clube do rebaixamento. Felipão, em 15 partidas no campeonato, teve campanha levemente inferior: 46,6%. Tiago Nunes, por sua vez, não chegou a 10% de rendimento.
A principal dúvida é como esse aproveitamento do Grêmio de Mancini vai ajudar para o Tricolor voltar à Série A em 2022. No histórico da segunda divisão desde 2006, quando estabeleceu-se um formato de pontos corridos com 20 clubes, a média é de 55% de aproveitamento para subir.
Houve edição em que o Vitória fez 71 pontos (62% de aproveitamento) para voltar à Série A, isto lá em 2012. Mas também já teve edição na qual o Figueirense, com 60 pontos e 52% de rendimento, obteve classificação.
O percentual é fruto de um pacote de variáveis no futebol. Na Série B, será um novo time do Grêmio e outros adversários pela frente, por exemplo. A questão é que Vagner Mancini precisa extrair mais do seu grupo para promover uma caminhada segura dos gremistas de volta à primeira divisão.
Números da atual passagem de Mancini pelo Grêmio:
- 14 jogos
- 6 vitórias
- 2 empates
- 6 derrotas
- 24 gols marcados
- 23 gols sofridos
- 47,6% de aproveitamento
- Anunciado em 15/10/21 (55 dias de trabalho)