Colorados dizem ter sido pênalti. Gremistas afirmam que não. Afinal de contas, qual graça o futebol teria se não tivéssemos isso? Mas até onde esse debate raso agrega no real problema dos jogos? É possível avaliar o desempenho da arbitragem torcendo? E o que fazer para melhorá-la? Para o torcedor, basta apenas que as marcações sejam favoráveis ao seu time?
Comparar lances atuais com lances do passado, criar teses conspiratórias, dizer que na infância o árbitro usava a camiseta de tal time, são análises preguiçosas, pequenas, que nos fazem ir do nada a lugar algum. Afinal de contas, qual o real motivo para debatermos com tanta frequência a arbitragem? E como está o nível desse debate?
Nos últimos campeonatos, nossa maior cobrança foi a presença do VAR. O fato da ferramenta ser utilizada somente no Gre-Nal e nas finais gerava desequilíbrio técnico ao campeonato. Depois de muitas reivindicações de clubes, torcedores, imprensa e de muito custo para a federação, todos os jogos possuem o recurso. Ainda assim, a crítica cai sobre o VAR. Não faz sentido.
Insisto que nosso foco precisa ser o árbitro de campo. Para citar um exemplo, no jogo entre São José x Inter, a interferência do VAR foi determinante para amenizar mais uma atuação ruim de Anderson Daronco. Em tempo, considerei acertada a expulsão do jogador do São José e, principalmente a marcação do pênalti para o time colorado. E esse pênalti, por óbvio, não tem relação com jogos anteriores. Ou seja, aqui há o acerto do VAR, que corrige erros do árbitro de campo.
Entra ano e sai ano e o debate, no meu ponto de vista, segue equivocado. O árbitro não pode acertar para o teu time ou errar para o adversário. Ele precisa estar preparado para aplicar a regra e fazer bom uso do VAR. Qualquer coisa fora disso é raso e não fará com que as coisas melhorem.