Lá em São Paulo, contra o Palmeiras, foi o velho defeito. Neste domingo (6), no Beira-Rio, um defeito que eu não esperava: preguiça.
O Inter jogou como se fosse o Bayern. Mas não é. É o Inter. De Porto Alegre, do Coudet, que faz bom trabalho. Mas, nessa chuvosa tarde de domingo, os jogadores entraram como se estivessem em casa vendo La Casa de Papel.
No primeiro gol baiano, Zé Gabriel errou o passe. Bobo. Erro de guri. Faz parte. Depois, Cuesta pensou que é Baresi. Uma pena. Porque é o ótimo Cuesta. Duas falhas e o gol de Rodriguinho.
As qualidades persistem. Marcação lá em cima. Para Galhardo apertar, D'Ale tocar de primeira, Galhardo ser garçom para o bom momento de Patrick. No resto, uma preguiça só.
Mas teve o vestiário. Inter voltou ligado. VAR achou o pênalti. Em Cuesta. Galhardo, em fase de Cristiano Galhardo, fez mais um de pênalti. Aí, o pecado capital apareceu.
Sem nenhuma taça, sem nenhuma glória, sem nada para se vangloriar além da liderança, a pasmaceira bateu. Inexplicável. E, do pecado capital, veio a punição. Como no clássico Seven.
Rodinei, ótimo nas redes sociais do clube, fez o favor de entregar dois pontos. Pênalti de VAR. Castigo? Não. Justiça. Porque se tinha alguém que não merecia vencer essa partida era o Inter.
Que fique a lição. Que é simples: naturalmente, ou melhor, ao natural, esse time do Inter não vence nem Gauchão.