
Levamos o nosso segundo 7 a 1. Porque perder de 4 a 1 da Argentina, da forma como aconteceu, escapando de levar mais e com tanta inferioridade, isso tem tamanho de 7 a 1.
Nossa Seleção é o retrato fiel da forma como é conduzido o nosso futebol. Aliás, parece até nonsense. Na segunda-feira, a CBF distribuiu nota exaltando a reeleição de Ednaldo Rodrigues com votação recorde. Ele levou todos os votos das 27 federações (nada novo) e dos 40 clubes das Séries A e B.
Esse será o comando do futebol brasileiro em 2026 e em 2030. Mas, quando se reconduz um presidente, dando-lhe 100% dos votos, há algo de positivo que nós não conseguimos ver.
Talvez exista um projeto em andamento cujos resultados aparecerão ali na frente. Só pode. O fato é que chegamos a 15 meses da Copa sem uma Seleção, sem um técnico afirmado e sem norte.
Em busca de rumo
Temos jogadores de altíssimo nível, mas não temos um time. Nem um grupo. Dorival Júnior tateia em busca de um rumo. Teve as duas semanas antes da Copa América e a própria para moldar sua Seleção. Fracassou.
Os problemas no time se repetem data Fifa atrás de data Fifa. Vamos lá, Vini, Raphinha, Rodrygo, Bruno Guimarães, Alisson, Marquinhos, só para citar alguns, fazem parte da elite europeia. É impossível que sejam fundamentais em seus times e comuns na Seleção.
Mudança de técnico
Quando há grandes jogadores e não se consegue montar um time, o problema está em quem precisa conectá-los para criar processos coletivos.
Dorival dificilmente vai resistir à bateria de críticas. Funciona assim no Brasil. Porém, ele é só efeito de um problema estrutural do nosso futebol.
Nos resta rezar para que apareça um técnico capaz de tapar tantas fissuras e pegar a Seleção pela mão e levá-la até 2026.
Temos mais quatro datas Fifa em 2025, uma quinta em março de 2026 e, depois, uma janela de oito dias para amistosos antes da Copa. Ou seja, comece a rezar.