Um técnico gaúcho, que conhece como poucos a rivalidade Gre-Nal e seria grande candidato a assumir o Grêmio, pode ser riscado da lista de alvos gremistas. Falo aqui de André Jardine, o porto-alegrense do bairro Auxiliadora que está perto de fazer ainda mais história no México.
Jardine levou o América à terceira final seguida da Liga MX. Para se ter ideia do que significa isso, o América divide com o Chivas o posto de maior clube do país. É uma espécie de Flamengo asteca.
Nesta quinta-feira (12), Jardine começa a decidir o Apertura 2024 contra o Monterrey, do argentino Martín Demichelis, demitido do River Plate, em julho, para a chegada de Marcelo Gallardo. O jogo de volta será domingo (15), em Monterrey.
Jardine e seu América são os atuais bicampeões, ganharam o Apertura 2023 e o Clausura 2024. Havia cinco anos, o clube estava sem ganhar um título nacional. Havia 25 não era bicampeão. Se conquistar o tri, será o primeiro do América desde 1985. Mais: desde que o Campeonato Mexicano passou a ser disputado em dois torneios curtos, Apertura e Clausura, em 1996, nenhum clube emedou três títulos seguidos.
O México, como adoram os adeptos do formulismo, adota modelo de campeonato com fase classificatória. Os 18 clubes se enfrentam em turno único, e os seis melhores avançam para as quartas. Entre o sétimo e 10º, há um playoff para definir os últimos dois. O América foi o oitavo, e eliminou o nono colocado. Jardine considera essa a temporada mais difícil, pela necessidade de recuperação na tabela e pelo fechamento do Estádio Azteca, sua casa, em obras para a Copa de 2026. Tanto que o jogo de ida da final será com mando em Puebla.
Como está em alta no México, chegando a ser cotado para a seleção local, depois da Copa América, Jardine dificilmente voltaria ao Brasil agora.