Na última semana, o Real Madrid realizou sua Assembleia Geral de Sócios Representantes. É um encontro em que o presidente Florentino Pérez repassa números da temporada, faz balanço esportivo e aponta projetos futuros.
Nesse último ponto, Florentino surpreendeu ao anunciar a disposição de fazer um referendo propondo a mudança societária do clube. Único gigante europeu, ao lado do Barcelona, a permanecer com o modelo associativo, o Real passaria a ser, literalmente, dos seus 100 mil sócios. O plano de Florentino é fazer com que eles adquiram frações do clube e dividam o valor de 7 bi de euros que se estima que ele valha.
O presidente, no entanto, defende que o valor seja superior a 10 bi de euros. A mudança societária será discutida de forma mais profunda em uma nova assembleia, marcada para 2025. Depois disso, será submetida a um referendo, do qual participarão todos os sócios.
A troca no formato societário, sustenta Florentino, é um meio de tornar o Real ainda mais lucrativo e robusto o suficiente para enfrentar questões econômicas que afetam boa parte dos clubes espanhóis. Há a certeza de que a mudança fará jorrar ainda mais dinheiro nos negócios do clube.
E estamos falando de um Real que, conforme anunciou Florentino na Assembleia, bateu 1,073 bilhão de euros em receita na temporada 2023/2024, um recorde que aponta crescimento de 27% em relação ao período anterior. Ou seja: o que está ótimo, ele quer melhorar ainda mais. Sem medo das reações ou de narizes torcidos de setores mais conservadores.