O futebol argentino acordou nesta sexta-feira (27) com uma notícia que sacudiu suas estruturas. O meio-campista Cristian Medina, 22 anos, revelação do Boca pagou a sua multa rescisória de US$ 15 milhões e se transferiu para o Estudiantes.
Por trás dessa negociação estrepitosa está a disputa entre o presidente Javier Milei e a AFA pela adoção das SAFs no futebol argentino. O dinheiro para a rescisão de Medina veio do bolso do investidor norte-americano Foster Gillett. Aqui está o golpe de mestre de Milei. Foi ele quem aproximou Juan Sebastián Verón, presidente do Estudiantes, a Gillett, em encontro na Casa Rosada.
Verón e Andrés Fassi, presidente e dono do Talleres, são os dois únicos representantes de clubes favoráveis à entrada de dinheiro estrangeiro no futebol argentino e à liberação para se tornar SAF. A AFA, apoiada pelos clubes, antecipou a reeleição de Chiqui Tapia e manteve posição de manutenção do associativismo.
Assim, a batalha entre governo e clubes está travada. Nesta virada do ano, Milei conseguiu uma pequena vitória com a transação que sacudiu o futebol argentino na virada do ano.