A segunda-feira, mais uma vez, promete ser de debates acalorados no Conselho Deliberativo do Inter. No começo da noite, haverá votação sobre as contas de 2022 da gestão Alessandro Barcellos.
O Conselho Fiscal (CF), por unanimidade, recomendou a aprovação das contas. Formado por integrantes de movimentos de situação e oposição, o CF analisou os números e teve o parecer de uma auditoria exclusiva dele. A oposição promete contestar alguns pontos do balanço enviado por Barcellos.
O principal deles, contesta que o superavit de R$ 1 milhão só foi alcançado pelo lançamento, no final de dezembro, dos R$ 40 milhões do terreno do CT de Guaíba. A situação alega que apenas cumpriu uma exigência contábil e que tinha obrigação de fazer esse lançamento. O que havia sido previsto em 2019, quando o clube se tornou dono da área, mas para colocá-lo em cifras no seu balanço teria de cumprir as contrapartidas. Em acordo, o Inter trocou investimentos em escolas estaduais por troca de equipamentos. O que só foi oficializado em dezembro.
... E D'Alessandro
Um valor que aparecerá nas contas é o reconhecimento de dívida de 3 milhões de euros com o empresário Delcir Sonda pela compra de D'Alessandro, em 2008.
Quando o argentino se aposentou, em abril, Sonda cobrou o Inter o valor que havia investido na vinda dele, lá em 2008. Pela conversão, o valor é de R$ 16 milhões e foi lançado no balanço, como exigem os protocolos contábeis. É como se fosse uma admissão de dívida.
A partir de agora, a gestão se sentará com Sonda para estabelecer a melhor forma de pagamento dessa pendência. Uma outra cifra que aparecerá são os R$ 3 milhões a serem pagos ao meia Bruno Sabiá. Contratado pelo Inter em 2013, para a base, ficou até 2015. Saiu e moveu uma ação trabalhista, cuja sentença saiu em 2022.