Antes de tudo, foi um senhor Gre-Nal. Os quase 50 mil torcedores na Arena foram premiados com um final de domingo de luxo, com um clássico eletrizante e que só foi decidido no último minuto dos acréscimos. Deu Grêmio, com justiça.
Por três quartos do tempo foi melhor e por três quartos do tempo jogou um futebol de nível elevadíssimo. A ideia de Renato foi soberana. Passou no teste o time que usa cinco jogadores de características de criação no meio-campo e fazem do controle da bola mecanismo de defesa e ataque, simultaneamente.
Não houve espaço para o Inter usar sua principal ferramenta, a transição rápida. Simplesmente, porque a bola pouco esteve à sua mercê. Mano Menezes apostou em Baralhas, para rechear o meio-campo. Acabou pagando caro e teve de mudar por jogadores com mais toque e e velocidade de ação.
Renato acabou premiado nos três quartos de tempo em que colocou em campo sua ideia de jogo e, ao final, foi bafejado pela sorte, porque ele errou ao abrir mão de sua filosofia para lançar mão de nomes já surrados, casos de Thiago Santos e Thaciano. Foram apenas 27 segundos entre a entrada deles e a perda total de controle do jogo pelo Grêmio. O time deixou de ter a bola e passou a correr atrás dela, que ficou com o Inter.
Mano lançou mão de Luiz Adriano, que segurou a bola na frente, de Lucas Ramos, um jogador de características de construção e intenso. Foram os 15 minutos em que o jogo ficou franco, com o Inter transitando e encontrando espaços.
Ao final, a vitória gremista foi justa e premiou quem mais criou e mais jogou com lucidez. O gol no momento em que o Inter estava no controle e já rspirando ares de empate até pode causar uma impressão de ocasional. Mas esteve longe disso. Venceu quem veio para jogar e depois de defender.