O Inter ainda tenta, nesta terça-feira (12), uma última cartada para buscar mais um centroavante. Brenner, 22 anos, é o nome desejado. Porém, o Cincinatti FC recusou a primeira investida, por um empréstimo. O ex-jogador do São Paulo seria o fechamento desta primeira parte da reformulação profunda pela qual passou o grupo em 2022.
Demorou, foi a conta-gotas, mas o Inter, finalmente, mudou a fotografia do seu vestiário. O que tirou o impacto do tamanho da mudança e também impediu uma análise mais precisa sobre o trabalho de Cacique Medina. Afinal, jogadores foram chegando a cada semana nesta janela de quatro meses aberta pela CBF neste verão. Só nesta segunda-feira (11), por exemplo, o uruguaio foi apresentado a dois novos atletas ao voltar ao Beira-Rio, Vitão e Renê, que desembarcou, treinou e tem grandes chances de entrar no time na quinta-feira (14), contra o Guaireña.
Ao todo, o Inter fez 12 contratações nesta temporada. Nessa conta, inclui-se D'Alessandro, cuja vinda para uma despedida até permite deixá-lo fora da lista, por não ser uma chegada por aspecto técnico. Portanto, se nenhum novo nome vier neste último dia de janela, podemos definir que o Inter contratou um time inteiro novo para 2022. Até aqui, nada de absurdo. A reformulação do grupo era uma reivindicação da torcida e um consenso no clube desde o começo da gestão Alessandro Barcellos. O problema é que essa mudança na fotografia foi lenta e gradual demais. O que impediu que o time usasse o Gauchão a pleno para construção de uma ideia de jogo e a busca por um DNA do time.
O Inter começou a temporada apenas com David, Wesley Moraes e Liziero como caras novas. Na segunda semana do Gauchão, Gabriel e Bustos foram apresentados. Um pouco depois, veio Bruno Gomes, que mal estreou ainda e deverá ficar de fora por dois meses, devido a uma fratura no cotovelo. Wanderson, o "atacante pulsante" tão pedido por Medina, chegou na metade de quando as inscrições no Gauchão estavam fechadas. Os tropeços na Copa do Brasil e a queda na semifinal do Estadual fizeram com que as mudanças no grupo fossem aceleradas. Alemão, De Pena, Vitão e Renê só agora estão conhecendo o Beira-Rio e o CT.
Em meio a toda essa transformação no grupo, há a pressão por resultados e a cobrança, correta, para que o Inter tenha uma identidade e inspire confiança no seu torcedor. Há um receio entre os colorados de um Brasileirão de sofrimento e luta na parte baixa da tabela. O que é açodado e precoce. Afinal, estamos falando de um time novo, que ainda está sendo montado e pode receber mais gente nova até o final da noite desta terça-feira.