A lesão no joelho que tira Guerrero do restante da temporada 2020 é devastadora para o Inter. Pela proeminência do peruano no ataque, principalmente, a partir do fim de sua solidão, com a entrada de Galhardo. Pelos gols que vinha marcando, seis nos últimos seis jogos. E, evidentemente, pela carência na posição, não apenas no grupo, mas também no mercado.
Eduardo Coudet sempre armou seus times com um jogador mais de referência. Usava Guerrero como um meio de reter os dois zagueiros adversários e apostava na vitalidade de Thiago Galhardo para que recompusesse e chegasse à frente. O peruano, pelo vulto que tem, era também um meio de mostrar credenciais aos adversários. Por aquelas coincidências, Yuri Alberto chegou justamente dias antes de o clube perder seu centroavante por, ao menos, seis meses.
A questão é que Yuri Alberto ainda é uma promessa. O Inter bancou R$ 10 milhões por ele justamente por isso. Só que há, para um garoto de 19 anos, uma distância enorme entre ser lançado aos poucos e assumir, logo de cara, a tarefa de substituir um dos principais centroavantes em atividade na América do Sul.
Tornou-se urgente a contratação de um camisa 9 tarimbado e com lastro suficiente para suportar a pressão de ocupar o lugar de Guerrero e, principalmente, ser alternativa em um setor que, mesmo com o peruano fazendo gols (10 em 15 jogos) e tendo boas atuações, já estava carente.