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No aeroporto de Carrasco, enquanto preparava o embarque para Porto Alegre, Juan Pablo Romero conversou com a coluna. Romero é setorista de Nacional-URU para o suplemento Ovación, o caderno de esportes do El País, de Montevidéu. Conhece a fundo as questões do Bolso, como é chamado o clube pelos seus torcedores. Para o jornalista, a desvantagem trazida do Parque Central não mudará a postura da equipe em Porto Alegre. O Nacional será cauteloso e dará a bola para o Inter, à espera de um contra-ataque. Confira trechos da nossa conversa:
O que representa para o Nacional a Libertadores nesta temporada?
Pela história que tem o Nacional é um elemento muito importante, mas está claro que, em nível de potencial, o Nacional sabe que há equipes superiores à sua. Mas tem em conta que em 2019 o Nacional fez um grande ajuste nos salários e reduziu de forma ostensiva a folha em relação ao ano passado. Evidentemente que avançar de fase seria extremamente importante no aspecto econômico. Bueno, o que se aspira, o que seria o objetivo principal do Nacional nesta temporada, é o Campeonato Uruguaio. Por quê? Porque necessita ganhá-lo. O Peñarol venceu nos últimos dois anos, e querem evitar o tricampeonato do rival.
As ausências de Rodrigo Amaral, que só volta em 2020, e de Santiago Rodríguez, a joia do clube, que ainda levará algumas semanas, pesam quanto para o Nacional?
Obviamente que suas ausências se fazem notar muito na equipe. Igualmente, Nacional soube encontrar substitutos. Fundamentalmente, Santiago Rodríguez, para esta partida contra o Inter, se nota muito sua falta porque é um jogador diferente, capaz de desequilibrar, sumamente importante para o grupo. Quanto a Rodrigo Amaral, faz bom tempo que se lesionou e se buscou jogadores para atuar em sua função.
O técnico Álvaro Gutiérrez pode fazer mudanças para a partida em Porto Alegre?
A equipe será basicamente a mesma, com, talvez, uma troca, a volta do goleiro titular Mejía, o panamenho, no lugar de Rochet. Mejía não atuou na ida porque estava lesionado e agora estará em campo.
Que tipo de estratégia imagina que o Nacional terá no Beira-Rio?
Creio que o Nacional, já que perde a série de 1 a 0, não fará loucuras. Vai esperar o rival, não vai sair em busca do gol para igualar a disputa. Pela forma de pensar do seu treinador, Álvaro Gutiérrez, o Nacional vai esperar a partida e, bom, está claro que as situações de gol que forem criadas precisarão ser efetivos. Ao contrário da ida, quando teve situações claras de gol, que poderiam ter lhe dado o triunfo e as desperdiçou.