Por vários cantos de Porto Alegre e em outras cidades da região metropolitana, encontramos fios pendurados nos postes. Na rua Silvério, na Capital, um cabo solto bate nos carros. Quando passa um lotação, o barulho chega a assustar. Há semanas, motoristas e moradores reclamam do problema. A prefeitura diz que não é com ela. Nas concessionárias de energia, afirmam que a responsabilidade é das empresas de telefonia. E ninguém resolve nada.
No litoral norte, em Xangri-lá, na avenida mais importante, a Paraguassu, há obras de duplicação. Um trabalho essencial para melhorar a mobilidade e a drenagem pluvial. O problema? Alargaram a avenida, mas não retiraram alguns postes para a calçada. Pelo menos uns 20, segundo a reportagem da RBSTV. O asfalto é novo. E os postes velhos estão no caminho. Neste caso, o principal não é o transtorno, mas o risco de um acidente grave. A prefeitura diz que cabe à empresa contratada retirar os postes. A empresa informa que depende da concessionária de energia. E a sinalização? No mínimo, poderia existir. A prefeitura diz que é responsabilidade da empresa e já notificou.
Falta atitude. De autoridades ou de prestadores de serviços públicos. Se tem um fio pendurado há tanto tempo e o responsável não resolve, não seria o caso de alguém assumir? Não me refiro à população, que jamais deve mexer, por conta própria, em cabos de energia ou telefonia. Mas algum agente público deveria "matar no peito". Mas não. "A culpa não é minha".
Quando enfrentamos riscos claros como esses, a solução não deveria ser esperar eternamente por notificações entre órgãos. É hora de agir! A questão não se limita aos fios soltos. Temos calçadas mal conservadas, buracos nas ruas e o lixo que insiste em acumular em áreas públicas. Todos esses problemas revelam um padrão de negligência que não pode ser ignorado. Nossos líderes precisam urgentemente mostrar um compromisso real com a infraestrutura da cidade. E isso levanta a questão: como você avalia a postura do seu prefeito ou prefeita? E o seu vereador ou vereadora? Você os vê trabalhando por uma cidade melhor ou só "lacrando" nas redes sociais?
