O colchão tem relação direta com a qualidade do sono. Quando é ruim, parece que levamos uma surra durante a noite. As indústrias oferecem hoje produtos com alta tecnologia, confortáveis, ortopédicos e hipoalergênicos. Em outros tempos, as famílias faziam em casa os colchões com palha, que poderia ser de milho, arroz ou outra cultura.
Muitos leitores vão lembrar da infância. Os colchões de palha trazem boas recordações da casa dos pais ou avós. Será que os mais saudosistas dirão que bons eram os colchões de antigamente? Cuidado! Tudo parecia mais divertido na infância.
Não dormi sobre a palha, mas já ouvi muitos relatos sobre estes colchões. As memórias mais comuns são do barulho, dos insetos, da coceira e do incômodo causado pelos pedaços de sabugo. Os buracos no meio da palha deixavam o corpo dolorido. No início, o cheiro era forte.
O colchão de palha foi o único acessível para muitas famílias até a segunda metade do século 20. A montagem era relativamente simples. As famílias ou indústrias preenchiam um saco retangular de tecido, do tamanho da cama. Com o tempo, a palha se moldava ao corpo, então o colchão precisava ser remexido para voltar a ficar macio.
Em museus, os velhos colchões ou reproduções preservam esta memória dos quartos das casas do passado. Em Picada Café, na Encosta da Serra, encontrei um colchão de palha aberto. O visitante consegue ver como era feito. A Casa Comercial Christian Kuhn, um prédio do século 19 que foi restaurado, abriga acervo histórico. Na reprodução de um quarto antigo, as camas têm os colchões de palha.
Construído a partir de 1880, o imóvel foi comércio e moradia da família Kuhn. A visitação é gratuita na casa que fica no Parque Histórico Municipal Jorge Kuhn.
Casa Comercial Christian Kuhn
- Endereço: Parque Histórico Municipal Jorge Kuhn, BR 116, Picada Café
- Informações: (54) 3285 2147
- Visitação gratuita