Os supermercados Nacional estão desaparecendo. O Carrefour comprou a rede em 2022. No final do ano passado, o grupo francês colocou as lojas à venda. Outras redes já ocuparam tradicionais pontos. O Nacional começou em um pequeno armazém de Esteio, na Região Metropolitana.
Teodoro Pedrotti e os irmãos Edvino e Irineu Zagonel abriram, em 1969, o Armazém e Atacado Nacional de Secos e Molhados. O prédio ficava na Avenida Presidente Vargas, onde foi construído o Big posteriormente.
Depois do armazém de Esteio, o primeiro supermercado foi aberto em Sapucaia do Sul, em 1973. Em prédio de 400 metros quadrados e com apenas dois caixas, a loja ofereceu o sistema de autosserviço, quando o cliente escolhe os produtos nas prateleiras. Em 1975, outras duas filiais foram inauguradas em Sapucaia do Sul e um atacado de cereais, em Canoas.
No início dos anos 1980, a empresa estava com 22 supermercados e três atacados, somando 1.250 funcionários. Neri Dal Pozzo entrou como sócio, em 1983, participando da expansão. Na BR-116, perto do Parque de Exposições Assis Brasil, ficava a central de distribuição. Em 1989, 150 caminhões levavam os produtos para as 47 lojas, sendo 35 supermercados Nacional e 12 da marca Big Box. Empregava 5 mil pessoas.
A expansão do Nacional em Porto Alegre foi acelerada com as aquisições de lojas das redes Dosul, em 1995, e Zottis, em 1997. No bairro Tristeza, por exemplo, ficou com o tradicional ponto do Dinosul.

Em 1999, o grupo português Sonae comprou o Nacional, que era a maior rede do Estado, com 90 lojas. Também adquiriu a rede Econômico. O Sonae já estava no mercado gaúcho desde a compra da Companhia Real de Distribuição, das marcas Real e Big.
Os portugueses permaneceram pouco tempo com a maior rede de supermercados do Estado. A norte-americana Wal-Mart comprou as lojas do Sonae em 2005, ficando com o Nacional. Em 2018, em outro negócio, o fundo norte-americano Advent International adquiriu 80% das ações do Walmart Brasil, originando o Grupo BIG.
Em 2021, o Carrefour Brasil anunciou a compra do Grupo Big, aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no ano seguinte.
O Carrefour não confirma o número de lojas ainda abertas com a bandeira Nacional.