Os sorvetes e picolés da Kibon estão nas praias brasileiras desde a década de 1940. A marca faz parte das nossas lembranças dos verões. Os carrinhos, as buzinas e os gritos dos vendedores na areia ou nas ruas. A criançada correndo atrás do sorveteiro. Por decreto do final de 1941, o norte-americano Ulysses S. Harkson foi autorizado a abrir indústria no Brasil.
A Cia. U.S. Harkson do Brasil começou a operar no Rio de Janeiro em 1942. Em pouco tempo, os carrinhos dos sorveteiros ficaram populares. A companhia, formada por acionistas norte-americanos e brasileiros, abriu no ano seguinte uma fábrica em São Paulo, onde inicialmente produzia apenas ovo em pó. O setor de desidratação de ovos atendia outras indústrias de alimentos e padarias.
Uma propaganda de 1949 revela a linha de produtos dos primeiros anos da Kibon. A indústria vendia "Eski-bon, Chica-bon, Ton-bon, Ja-já e Sorvex em copinhos e tijolos". Com nova grafia, Chicabon e Eskibon permanecem em produção.
Nas primeiras décadas, Sorvex foi a marca dos sorvetes. Talvez você se recorde dos tijolos embalados em papel ou das latas.
A Kibon teve uma fábrica no Rio Grande do Sul. Em 1958, instalou filial em São Sebastião do Caí para desidratar ovos. Na época, a novidade no mercado era a Gemada Integral Kibon.
A multinacional Unilever é dona da Kibon desde o final dos anos 1990.