![Acervo Enio Rosa / Reprodução Acervo Enio Rosa / Reprodução](https://www.rbsdirect.com.br/filestore/8/9/8/9/2/1/5_e49368f8cbd1306/5129898_7411a9271a3d66f.jpg?w=700)
O Balneário Picoral, em Torres, foi destino da elite porto-alegrense no início do século 20. O complexo com hotel e cabanas lotava nos verões. O fundador foi o industrial José Antônio Picoral, que morava em Porto Alegre, mas era natural de colônia alemã no Litoral Norte.
Em fevereiro de 1915, Picoral enviou telegrama ao intendente de Torres, Cel. João Pacheco de Freitas, propondo criação de estação balnear. Em dezembro daquele ano, já inaugurou o serviço de diligência, carroça puxada por cavalos, entre Tramandaí e Torres. Inicialmente, foi sócio no Grande Hotel Voges.
O nome foi trocado para Hotel Picoral em 1918, quando o industrial adquiriu toda a propriedade. Em 1923, o hotel inaugurou um cinema ao ar livre. A diversão das grandes cidades também estava disponível na praia.
Na temporada de 1924 e 1925, já denominado Balneário Picoral, acomodava até 350 hóspedes. Em propaganda, o hotel anunciava o conforto de ter luz, água e gelo. Os hóspedes podiam fazer a reserva no escritório na Rua Hoffmann, em Porto Alegre.
— Torres pode ser dividida em antes e depois do Picoral. A atividade turística começou com o hotel. Picoral era um grande empreendedor, muito inovador — destaca o jornalista e historiador Nelson Adams Filho.
O Balneário Picoral ficava no centro de Torres, em terreno ocupado depois pela Sociedade dos Amigos da Praia de Torres (SAPT). O complexo oferecia também as cabanas onde hoje está a atual Praça Pinheiro Machado.
O Balneário Picoral fechou na década de 1940.