
Dois dias depois da prefeitura de Novo Hamburgo confirmar o fim dos repasses que garantiam o funcionamento da Orquestra de Sopros do município, mais de 11 mil pessoas já assinaram uma petição em defesa da instituição.
O abaixo-assinado foi criado na plataforma Change.org (clique aqui) pelo Instituto Arlindo Ruggieri, gestor da entidade.
O texto diz o seguinte:
"...é uma situação inadmissível e que, de forma justa, tem gerado enorme repercussão em todo o Rio Grande do Sul. Essa decisão representa o fim da segunda orquestra mais atinga em funcionamento no Estado, apenas dois anos mais jovem do que a OSPA. Ela funciona também como ponto central das ações do Instituto Arlindo Ruggeri, que realiza o Festival Internacional de Música de Novo Hamburgo (FeMusiK) e mantém o Núcleo de Orquestras Jovens de Novo Hamburgo. No projeto, estudantes têm acesso gratuito a aulas de instrumentos como violino, violoncelo, contrabaixo e instrumentos de sopro. Não podemos aceitar o fim da nosso orquestra."
Entre os apoiadores da petição, está o músico gaúcho Nei Lisboa, que publicou um vídeo em suas redes sociais amplificando a mobilização.
— Estamos falando de um valor menor que um milésimo do orçamento da prefeitura para manutenção de uma instituição cultural e educacional como essa. Não há argumentação financeira que justifique isso — disse Nei.
Em e-mail enviado no último dia 14 pela Secretaria Municipal da Cultura, o instituto recebeu a notícia de que não haveria recuo. Na mensagem, o órgão alega "sérios desafios financeiros". Em entrevista à Rádio Gaúcha, a antecessora do atual prefeito Gustavo Finck, Fátima Daudt, diz que "todas as contas foram pagas" e que deixou caixa com R$ 30 milhões.
Seja qual for a situação, sempre é possível eleger prioridades. Uma orquestra de 72 anos deveria ser.