Depois do primeiro show em Porto Alegre, que levou uma multidão ao Auditório Araújo Vianna, na noite de terça-feira (21), a cantora Liniker escolheu um lugar à beira do Guaíba para almoçar com a equipe nesta quarta (23). O grupo foi ao Press do Cais, da empresária gaúcha Carla Tellini, no Cais Embarcadero.
No local, a cantora, sua banda e seus técnicos (31 pessoas no total) foram recebidos com uma delicadeza: o cardápio ganhou a logomarca do novo disco de Liniker, Caju. O álbum (que dá nome ao show) já soma mais de 100 milhões de reproduções nas plataformas digitais.
Liniker escolheu pessoalmente o Press (onde já havia estado em 2023) e fez questão de ficar junto ao Guaíba, pela simbologia da retomada após a enchente de 2024.
Optou por suco de laranja (tomou dois copos) e um de seus menus preferidos, o mesmo que comeu no local em 2023: strogonoff (prato tradicional da casa). Disse estar orgulhosa da receptividade em Porto Alegre e posou para fotos.
— Estou muito feliz por poder voltar — contou Liniker.
Na noite desta quarta, haverá sessão extra do show, também esgotada. Vendidos em novembro, os ingressos acabaram em três horas. Eu estive na noite de estreia (foi a primeira vez que vi Liniker) e entendi por quê: ela é um furacão no palco, uma artista completa e um exemplo de que é possível superar preconceitos e quebrar barreiras, mesmo num país onde, infelizmente, a intolerância e a homofobia persistem.
Liniker é uma mulher negra trans, a primeira a vencer o Grammy Latino e a ocupar uma cadeira da Academia Brasileira de Cultura. Sua música é universal.
Depois da capital gaúcha, ela segue com shows pelo Brasil e, no fim de maio, leva a turnê para a Europa, com apresentações em cidades como Bruxelas, Dublin, Paris, Amsterdã e Porto.