Cromoterapia, reiki, florais, cremes, joias, acessórios. Não, não estou falando de cuidados pessoais. São novidades oferecidas para pets. Cães e gatos tratados como pessoas — muitas vezes, como se fossem crianças.
Ok, antes de ser cancelada, quero dizer que minha família tem uma cachorrinha adotada que virou “madame”. Ganhou duas camas, frequenta petshop e usa lenços coloridos. Ainda assim, continua sendo o que é, uma cachorra. Se dependesse dela, nem sequer passaria na frente da clínica veterinária.
Admiro quem se preocupa com os animais e cuida dos bichinhos com responsabilidade, investindo no bem-estar e na saúde dos mascotes. Um dos piores tipos de ser humano é o que abandona e maltrata animais. Mas será que não estamos exagerando?
Já tem SPA canino e até carrinhos de bebê para eles. Movimentar a economia é importante (muita gente vive disso, em um trabalho honesto), não me entenda mal. O que questiono é o excesso — que pode até fazer mal para o pet.
Se pudessem escolher, será que o bichos não prefeririam correr no parque e se jogar na grama com seus tutores, sem fragrâncias importadas e roupinhas de grife? Às vezes, o que eles desejam é apenas brincar, ganhar comida e carinho.